Controladoria de Disciplina ainda instaurou investigações contra 17
PMs, inclusive dois suspeitos de participar da Chacina de Quiterianópolis
Um policial militar preso em flagrante por cometer assalto e outro PM,
suspeito de atirar contra seguranças de uma festa após uma briga, foram punidos
com a demissão pela Controladoria Geral de Disciplina dos Órgãos de Segurança
Pública e Sistema Penitenciário (CGD). As decisões foram publicadas no Diário
Oficial do Estado (DOE) da última segunda-feira (18).
O soldado Douglas José da Silva
Lima estava com Licença para
Tratamento de Saúde (LTS) quando foi detido junto de um comparsa após praticar
um assalto, no bairro Romeirão, Município de Juazeiro do Norte, na noite de 12
de abril de 2017. Com a dupla, foram apreendidos um simulacro de arma de fogo,
um rádio de comunicação na frequência da Polícia e objetos roubados.
Durante o processo administrativo, a defesa de Douglas alegou ausência
de provas para puni-lo. A portaria da CGD traz que o soldado já tinha
respondido a outra investigação administrativa por crime similar, que foi
arquivada por falta de provas.
Briga e tiros no Terminal
Marítimo - Já o cabo da Polícia Militar do Ceará (PMCE) Johnatan Tiago Silva de
Andrade foi demitido por atirar
contra dois seguranças de uma festa que acontecia no Terminal Marítimo do
Mucuripe, em Fortaleza, após uma briga, na madrugada de 12 de outubro de 2016.
Um dos seguranças, que tinha apenas 24 anos na época, sofreu um tiro
nas costas e ficou paraplégico. O outro profissional também foi baleado. O cabo
Johnatan Tiago foi preso em flagrante.
O militar argumentou que tinha a intenção de dar voz de prisão a um
segurança, mas a arma de fogo disparou acidentalmente. Ele acrescentou que as
pistolas da marca Taurus estavam apresentando esse defeito, à época.
Para a CGD, "diante do conjunto probatório (testemunhal/material),
os fatos ficaram mais que evidenciados, sem deixar qualquer dúvida sobre a
autoria no que se refere à dupla tentativa de homicídio".
Investigações contra 17 PMs - No mesmo Diário Oficial do Estado, a
Controladoria Geral de Disciplina publicou portarias para investigar supostas
transgressões disciplinares cometidas por outros 17 policiais militares, no
Ceará.
Desse total, sete policiais militares foram denunciados por abordagens
policiais realizadas com "excessos", como agressões físicas e
violações de domicílios, em Fortaleza e em Morada Nova. Outros quatro PMs foram
denunciados por forjar um flagrante, com drogas, e também cometerem agressões
físicas, em Aquiraz.
PMs suspeitos de chacina são afastados - Dois policiais militares ainda vão responder a um Conselho de Disciplina e foram afastados preventivamente pela CGD por suspeita de participação na Chacina de Quiterianópolis, que deixou cinco mortos, no dia 18 de outubro de 2020. Os dois praças e um oficial foram presos em dezembro do ano passado.
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