Grupo é acusado de organização criminosa - Os policiais foram
alvos de operação deflagrada pelo MPCE em dezembro de 2020
A Justiça do Ceará negou pedido para revogar as prisões preventivas de
oito policiais militares suspeitos de envolvimento com casas de jogos de azar,
em Fortaleza.
O grupo é acusado por organização criminosa e foi alvo da 'Operação
Bet' deflagrada pelo Grupo Especial de Combate às Organizações Criminosas
(Gaeco) do Ministério Público do Ceará (MPCE), em dezembro de 2020. O processo
tramita em segredo de Justiça.
Continuam presos o 1º tenente Abdoral de Sousa Aguiar, o 2º tenente
Francisco José Barbosa, o 1º sargento Roberto Paulo da Silva, o 2º tenente
Wladimir Gomes Bezerra, o cabo Geldson Coelho de Araújo, o sargento João Bosco
da Costa Filho, o subtenente Francisco Flávio Cosme Campos e o sargento Antônio
Marcos Moura de Oliveira.
Todos eles seguem afastados das funções. Contra os oficiais da
Corporação foram instaurados conselhos de justificativa na Controladoria Geral
de Disciplina dos Órgãos de Segurança Pública e Sistema Penitenciário (CGD), e
para os demais, conselhos de disciplina.
Propinas - De acordo com portaria da CGD, os oito
policiais formam uma quadrilha envolvida na exploração de jogos de azar e
estariam acobertando o funcionamento de bingos e de outras casas de jogos
ilegais na capital cearense em troca de recebimento de propinas.
"Os suspeitos também estariam repassando à organização criminosa
responsável pela jogatina informações sobre futuras ações policiais que visavam
coibir a prática ilegal", confirmou o MP quando deflagrou a operação.
Ainda segundo o Ministério Público, as investigações começaram em
novembro de 2018 e contaram com o apoio da Secretaria da Segurança Pública e
Defesa Social (SSPDS): "As primeiras informações e provas foram levantadas
durante outro caso, em que o Gaeco investigava o envolvimento de policiais
militares com facções criminosas. Se comprovada a participação dos suspeitos
nos delitos investigados, eles podem responder por crime contra a economia
popular, corrupção ativa e passiva e também por integrarem organização
criminosa", diz o MPCE.
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