Papagaios, periquitos e aves silvestres eram mantidas em cativeiro
com condições precárias - Galos usados para rinhas também foram resgatados
Uma operação policial resgatou 455 aves que sofriam maus-tratos em um
imóvel localizado em São João do Paraíso, no município de Mascote, no sul da
Bahia. Dentre os animais, havia grande quantidade de filhotes de papagaios e
periquitos com algumas poucas penugens sobre o corpo.
A Polícia Rodoviária Federal (PRF) foi acionada, na última sexta-feira (19),
pelo Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema), em Itabuna, para
averiguar uma denúncia de crime ambiental. As informações apontavam que
centenas de aves silvestres estavam sendo aprisionadas em uma casa.
Ao chegarem ao local, os agentes se depararam com os animais, os quais
estavam amontoados em condições precárias. Os pássaros eram mantidos em caixas
de papelão, gaiolas e viveiros cobertos com fezes e urinas, denotando falta de
higiene.
Os animais também estavam sem água e circulação de ar, bem como eram
privados de luz e tinham restrição de movimentos. Alguns deles estavam
desidratados, debilitados e até mesmo mortos. As equipes também apreenderam no
local diversos itens utilizados na captura ilegal das aves, que seriam comercializadas
nos estados de São Paulo e Rio de Janeiro.
Galos resgatados - Em um imóvel vizinho, havia 42 galos usados
em rinhas, uma competição ilegal na qual os animais são postos para brigar
entre si podendo chegar à morte, conforme a PRF.
Ao todo, foram resgatados na ação 413 aves silvestres — das quais oito
morreram — e 42 galos. Além de papagaios e periquitos, havia espécies como
cardeal, pássaro preto, papa-capim, coleira, azulão, sofrê, canário da terra,
trinca-ferro, tico-tico e sabiá no grupo maior.
Os pássaros silvestres foram levados para o Centro de Triagem de
Animais Silvestres (Cetas) de Cruz das Almas. Lá, eles passarão por triagem e
serão alimentados e tratados por equipes de biólogos e veterinários. Findada a
reabilitação, eles serão libertados. Os galos foram entregues na sede da
Cavalaria do 15° do CPM-BA.
As equipes identificaram o responsável pelo aprisionamento ilegal dos
animais, e a ocorrência foi apresentada na Delegacia da Polícia Civil em
Mascote. Um inquérito policial e os demais procedimentos cabíveis serão
realizados.
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