Policiais já são réus na Justiça estadual - Um atuava na Ciopaer - Outro teve uma arma de fogo sem registro apreendida, e o último é suspeito de atear fogo em um veículo durante motim da Polícia Militar
A Controladoria Geral de Disciplina dos Órgãos de Segurança Pública e
Sistema Penitenciário (CGD) abriu, na última quarta-feira (10), conselho de
disciplina para apurar a conduta de três policiais militares que teriam cobrado
R$ 150 mil de um homem para não matá-lo. Eles foram presos por agentes da
Delegacia Regional do Crato, no interior do Ceará, em 10 de fevereiro, e
continuam detidos.
O sargento Valdery Barros Ricarte Júnior, o cabo Wellington Freire
Souza Júnior e o soldado José Horlândio Dantas Moreira são suspeitos de
praticar o crime de extorsão mediante sequestro e já são réus na Justiça
Estadual.
O crime em questão ocorreu no dia 28 de janeiro de 2021. A vítima teria
sido abordada por quatro PMs e levada a um loteamento na Vila São Bento, no
Crato. No local, os policiais teriam exigido R$ 150 mil para ele não ser morto.
Ciopaer, pistola sem registro e
incêndio - A
Controladoria resolveu afastar preventivamente os três militares das suas
funções. O sargento Valdery Barros estava lotado na Célula Integrada de
Operações Aéreas (Ciopaer), de Juazeiro do Norte, e foi retirado da atividade
no último dia 16 de fevereiro. Ele passou quase cinco anos atuando nas
atividades de aviação da Secretaria da Segurança.
Já o cabo Wellington Freire de Souza Júnior teve uma pistola e uma
balaclava apreendidas em Juazeiro do Norte, em fevereiro do ano passado.
Segundo a Polícia Civil, o cabo estava com uma pistola .40, sem registro, e
carregada com 16 munições. Ele já respondia, à época, por homicídio doloso e
porte ilegal de arma de fogo. Wellington é PM desde 2009.
O soldado José Horlândio Dantas Moreira também foi preso em fevereiro
do ano passado após atear fogo em um veículo particular na cidade do Crato.
Imagens de câmeras de segurança flagraram o momento do crime. Ele teria
incendiado o carro da vítima por ela ter feito críticas, em uma rede social,
contra o motim da PM, que havia acabado de se iniciar no Ceará. Ele foi
afastado pela CGD, também no ano passado, por integrar o movimento criminoso
militar.
Mesmo com toda a ficha criminal, os três militares continuam recebendo
salário do governo estadual. De acordo com o portal da transparência, eles
receberam os vencimentos de fevereiro, alguns, inclusive com gratificações por
"defesa social e cidadania" e "qualificação profissional".
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