Mandado segue investigações após caso do sargento da
Aeronáutica Manoel Silva Rodrigues, que foi detido no aeroporto de Sevilha, na
Espanha, em 2019, com 39kg de cocaína, no avião da comitiva do presidente Jair
Bolsonaro
A Justiça Militar ordenou, nesta quinta-feira (18), a prisão de três
militares e da mulher do sargento Manoel Silva Rodrigues, preso em flagrante
por tentar entrar na Espanha em um avião da FAB (Força Aérea Brasileira) com 39
kg de cocaína, em 2019.
Segundo informações do Ministério Público (MP), os alvos das prisões
são de envolvidos no esquema de tráfico de entorpecentes. São eles: o
tenente-coronel Alexandre Augusto Piovesan; sargento Márcio Gonçalves de
Almeida; sargento Jorge Luis da Cruz Silva; além de Wikelaine Nonato Rodrigues
— a mulher do sargento Manoel.
Ainda de acordo com o MP, um ex-soldado da Aeronáutica também teve a
prisão decretada, mas não foi encontrado durante as diligências. Durante as
atividades, foram apreendidos computadores, celulares e documentos dos
militares presos e da atual e da ex-mulher de Manoel Silva Rodrigues.
Em junho de 2019, o militar brasileiro da FAB, sargento Manoel, foi
preso em Sevilha, na Espanha, por transportar 39 quilos de cocaína pura em um
avião da comitiva do presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Ele integrava voo
que transportava a equipe presidencial para reunião de cúpula do G20, no Japão.
Em janeiro, a Auditoria da 11ª Circunscrição Judiciária Militar (11ª
CJM), em Brasília, recebeu a denúncia apresentada contra Rodrigues por tráfico
internacional de drogas. Na Espanha, ele foi condenado a seis anos de prisão e
ao pagamento de uma multa de 2 milhões de euros.
Apesar das autoridades brasileiras ainda não conseguirem provar quem
estava por trás do esquema, os primeiros indícios da rede de tráfico via aviões
da FAB começaram a ser revelador em fevereiro deste ano, em uma operação da PF.
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