A um ano e três meses para escolha dos candidatos às eleições de 2022,
o cenário da corrida presidencial começa a mudar com a entrada em campo do
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva que teve, nesta segunda-feira, processos
anulados e, com isso, a recuperação dos direitos políticos que os permite a
elegibilidade.
O novo quadro pré-eleitoral é desenhado a partir da decisão do Ministro
do Supremo Tribunal Federal (STF), Edson Fachin, que anulou todos os processos
contra o líder petista que tramitaram na 13ª Vara de Justiça Federal do Paraná
no âmbito da Lava-Jato. A decisão de Fachin, que é monocrática, ainda será analisada
pelo Plenário do Supremo.
Os processos anulados pelo ministro do STF são atinentes ao tríplex do
Guarujá, ao Sítio de Atibaia e ao Instituto Lula. Com isso, o petista recupera
seus direitos políticos.
O ministro Edson Fachin considerou a Justiça Federal do Paraná
“incompetente” para tocar os processos. De acordo com o ministro, os processos
ficarão com a Justiça Federal do Distrito Federal que decidirá se os atos
levantados pela Justiça do Paraná podem ser aproveitados e validados.
JULGAMENTO PARCIAL - O ex-presidente Lula, que chegou a cumprir
pena após a condenação na Operação Lava Jato, era um duro critico do que
considerava julgamento parcial e, por meio da sua defesa jurídica, recorreu ao
STF alegando que os processos movidos no âmbito da Lava Jato estavam
contaminados pela parcialidade dos procuradores e do ex-juiz Sergio Moro na
condução das investigações.
A interpretação da área jurídica do petista é que muitos diálogos
vazados por hackers indicam que várias provas contra Lula foram forjadas, a
ponto de criarem testemunhas. Os procuradores e o ex-juiz Sérgio Moro contestam
a existência de eventuais irregularidades.
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