O drama de produtores de banana nas várzeas do Rio
Jaguaribe, na cidade de Iguatu, na região Centro-Sul do Ceará, volta a se
repetir, com prejuízos elevados para o setor. A causa é a mesma e ocorre quase
todos os anos: forte ventania, que derruba os pés e destrói os frutos. Este fim
de semana foi dedicado ao cálculo de perdas e arranquios de pés e cachos
caídos.
Iguatu é um dos maiores produtores de banana do
Ceará das espécies nanica (casca verde) e pacovan (prata). Tem cerca de 700
hectares cultivados. Desse total, 300ha são da variedade pacovan. A metade, foi
atingida pela ventania e a queda da plantação chegou a 60% da área afetada, ou
seja, 90ha.
O milheiro da pacovan é vendido atualmente por R$
265,00.
Ventanias - Os ventos fortes sobre as áreas de cultivo de
banana começaram a ser registrados a partir de 2013. Anteriormente, pouco se
falava sobre o problema. De lá para cá, o fenômeno vem se repetindo
praticamente a cada ano, mas é mais comum ocorrer na segunda quinzena de
dezembro.
Dificuldades relacionadas com o preço do produto e
prejuízos com ventania fizeram com que pelo menos 20% dos fruticultores
desistissem da atividade ou reduzissem a área de cultivo.
Prejuízos - Em 2013, cerca de 50 hectares de banana foi
atingido por uma ventania, causando prejuízo de R$ 1 milhão. Em dezembro de
2014, um vendaval afetou 285 hectares e 120 produtores, causando uma perda de
R$ 7 milhões.
No ano seguinte, o fenômeno se repetiu, destruindo
200 hectares e deixando um prejuízo total de R$ 5 milhões. No mês de dezembro
de 2017, fortes ventos causaram a destruição da plantação e deixaram perdas de
R$ 2 milhões para cerca de 100 fruticultores.
No ano de 2018, cerca de 100 hectares foram
afetados, na localidade de Maurícia, e o prejuízo estimado foi de R$ 2,1
milhões. Dezembro de 2019, marcou mais uma vez o fenômeno que destruiu plantio
de bananas da variedade pacovan nas várzeas do Rio Jaguaribe, nos municípios de
Iguatu e Cariús. O prejuízo foi estimado em cerca de R$ 2 milhões.
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