Hamilton César tinha transtornos mentais - Polícia Civil
abriu um inquérito para apurar o caso e a conduta dos agentes
O comando da Polícia Civil no Maranhão afastou os três agentes que
participaram da morte do jovem Hamilton Cesar Lima Bandeira, de 23 anos, na
última sexta-feira (18), no povoado Calumbi, em Presidente Dutra.
Hamilton fez uma postagem nas redes sociais desejando "boa
sorte" a Lázaro Barbosa, assassino procurado há 13 dias em Goiás.
No entanto, os familiares dizem que o jovem era pacífico e que a
postagem era fruto dos transtornos mentais que sofria desde criança.
Por causa da postagem, três policiais civis da Delegacia de Presidente
Dutra foram até a casa de Hamilton e efetuaram dois tiros contra o jovem, que
chegou a ser socorrido e levado para o hospital da região com vida, mas acabou
não resistindo aos ferimentos e morreu.
Avô de 99 anos estava perto do neto - Segundo a delegacia, os disparos aconteceram porque o jovem não atendeu
ao chamado dos policiais e ainda fez ameaças com uma faca. A família contesta
essa versão e diz também que os agentes 'invadiram' a residência sem uma
determinação da Justiça.
"Essa de falar que
atiraram no Hamilton porque não atendeu a ordem policial é mentira. Todos no
povoado conheciam como ele era. Ele tomava remédio controlado, todos sabem como
são as pessoas assim. Isso não justifica a injustiça que fizeram com ele. É uma
vida. O menino não teve nem a chance de se defender".
O pai disse que o jovem
não estava armado no momento dos disparos dos policiais. Além disso, o avô de
Hamilton, de 99 anos, presenciou o caso e também contesta a versão policial.
"Não tinha o maior
sentido do mundo eles chegarem lá assassinando ele. E ele não usava ferramenta
nenhuma. A polícia não falou nada, quando chegou lá, foi metendo bala e quase
matou um idoso de 100 anos".
Comando da Polícia Civil entrou no caso - Um inquérito foi aberto para apurar as circunstâncias da morte, e o
Ministério Público do Maranhão e a Secretaria de Estado de Direitos Humanos
(SEDIHPOP) estão acompanhando o caso.
Além do afastamento dos
três policiais envolvidos no caso, o comando da Polícia Civil também enviou
agentes do Departamento de Homicídios e da Superintendência de Prevenção e
Combate à Corrupção (Seccor) para investigar a conduta dos policiais.
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