Homem se apresentou à polícia acusando irmão de ocultar
corpos das vítimas
O irmão do suspeito de jogar os corpos de três garotos embaixo de uma
ponte do Rio de Janeiro relatou ter presenciado o momento em que os traficantes
o convocaram para desaparecer com as vítimas. O crime ocorreu em 27 de dezembro
em Belford Roxo.
O motivo apontado pelo denunciante seria que uma das crianças teria
furtado uma gaiola de passarinho. Ele procurou o 39º BPM (Belford Roxo) para
denunciar a participação do irmão na ocultação dos cadáveres e foi encaminhado
para a Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF).
Segundo a testemunha, ele e o irmão estavam em um bar quando
traficantes chegaram chamando-os para uma missão. O irmão teria ido e voltado
uma hora e meia depois.
Dias depois, o irmão relatou à testemunha que a ordem dos criminosos
era desaparecer com os corpos das vítimas.
Segundo o depoente, ele sofria por guardar o segredo. Ele também disse
que as crianças foram espancadas e mortas a mando do traficante José Carlos dos
Prazeres Silva, o Piranha, que já tem a prisão decretada por tráfico.
O QUE DIZ O OUTRO IRMÃO - Após as acusações, o outro irmão se
apresentou à Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense e negou participação
no crime.
Confessou, contudo, que teria jogado os sacos entregues por traficantes
em um rio, mas sem saber o conteúdo. Para ele, a denúncia foi motivada por uma
rixa com o irmão.
QUEM SÃO AS VÍTIMAS E O SUSPEITO
- Lucas Matheus, de 9 anos,
Alexandre Silva, de 11 e Fernando Henrique, de 12, sumiram no último dia 27 de
dezembro, no bairro Castelar, em Belford Roxo, na Região Metropolitana do Rio
de Janeiro. O comércio de drogas da área controlado pelo traficante conhecido
como Piranha.
Piranha é procurado por ter ordenado a tortura de um homem inocente que
foi apontado como suspeito pelo crime.
Câmeras de segurança mostram o momento em que os três garotos
caminhavam em uma feira do Bairro Areia Branca, em Belford Roxo. Essa foi a
última vez que os três foram vistos.
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