terça-feira, 27 de julho de 2021

Major da PM é denunciado por injúria racial ao obrigar dois policiais negros a trocar máscaras pretas por brancas em SP

Segundo a denúncia, o oficial fez isso “a pretexto de que as máscaras pretas (...) eram imperceptíveis” - Justiça Militar acolheu a denúncia e tornou o major réu - 1ª audiência do caso foi marcada para 6 de setembro - PM afirmou em nota que oficial também responde a procedimento disciplinar interno na corporação

O Ministério Público do Estado de São Paulo denunciou por injúria racial um major da Polícia Militar que obrigou dois subordinados negros, um cabo e um soldado, a trocar máscaras de proteção contra a Covid-19 pretas por brancas.
Segundo a denúncia, o oficial fez isso “a pretexto de que as máscaras pretas (...) eram imperceptíveis”. O crime ocorreu na noite de 22 de setembro de 2020, no Jardim Santana, na Zona Leste de São Paulo.
A 3ª Auditoria Militar recebeu a denúncia e, assim, tornou o major réu. A primeira audiência judicial do caso foi marcada para a tarde do dia 6 de setembro deste ano.
Segundo a denúncia, na noite em que houve o crime de injúria racial praticado contra os dois policiais, o major Silvano Ambrosio estava na função de oficial de sobreaviso e foi rondar as vítimas, que estavam em uma viatura do 39º Batalhão de Polícia Militar/Metropolitano.
Ainda de acordo com a denúncia, o major ofendeu as vítimas por duas vezes naquela noite.

Investigação preliminar - O recebimento da denúncia pela Justiça Militar de São Paulo não é o primeiro revés do major Silvano Ambrosio desde que ele cometeu supostamente o crime de injúria racial.
Uma investigação preliminar feita pela própria Polícia Militar o indiciou sob a suspeita de injúria racial contra o cabo e o soldado.
O major foi afastado do trabalho operacional, de acordo com a Secretaria da Segurança.

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