sexta-feira, 16 de julho de 2021

PM chama mulher de 'cachorra' e dá tapas em seu rosto em ocorrência de violência doméstica

Mulher estava com criança no colo no momento da agressão - Comando da PM abriu investigação e afastou agentes envolvidos

Um policial militar do Rio Grande do Norte agrediu uma mulher e a chamou de "cachorra" ao atender a uma ocorrência de violência doméstica na noite de quinta-feira (15) no município de Santo Antônio, Agreste Potiguar. A mulher estava com uma criança no colo quando leva tapas na cara e é empurrada no chão.
As cenas foram flagradas em um vídeo que circula nas redes sociais. A mulher estava abrigada na casa de um vizinho quando uma viatura chega à rua, acionada por uma denúncia de violência doméstica. Os policiais então entram na casa onde a mulher mora em busca do companheiro dela. Ela corre em direção aos policiais e pede: "Peraí. Ninguém precisa bater nele não".
Irritado, um dos policiais começa a brigar com a mulher e a chama de "cachorra". É possível ouvir no vídeo o agente dizendo "Meta a mão mesmo. Bata nessa cachorra. Essa cachorra merece apanhar mesmo". Quando a mulher retruca, ele passa a agredi-la com tapas na cara, na frente de várias testemunhas, e chega a derrubá-la no chão.
Outro policial pegou a criança no colo e entregou a outra pessoa, enquanto o colega continuava as agressões.
O comando da Polícia Militar do Rio Grande do Norte determinou o afastamento dos policiais e a abertura de um processo disciplinar administrativo.

Violência contra mulher - O comandante da Polícia Militar do Rio Grande do Norte, Coronel Alarico Azevedo, afirmou que determinou o afastamento dos policiais das ruas.
"Lamentamos o que ocorreu e determinamos que eles fossem afastados do serviço operacional, eles vão prestar seus serviços na sede do batalhão. Após a apuração dos fatos vamos verificar quais serão as providências tomadas administrativamente e até penal".
Segundo a PM, o processo administrativo pode resultar em diferentes punições - a máxima é a expulsão.

Um comentário:

  1. Ela sofreu violência doméstica e ainda defende o sacana do marido então não tivesse chamado a polícia

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