Na gravação de 2019, ator diz que militares deveriam ter
ocupado o órgão
Após a repercussão do caso envolvendo o cantor Sérgio Reis, alvo de uma
operação da Polícia Federal por críticas ao Supremo Tribunal Federal (STF),
voltou a circular nas redes sociais um vídeo do ator Ivanildo Gomes Nogueira - conhecido por seu personagem Batoré - em
que ele pede o fim da Corte.
Nas imagens, gravadas no ano de 2019, Batoré defende o fechamento do
STF, da Câmara dos Deputados e do Senado Federal pelo presidente Jair Bolsonaro
(sem partido).
Ele alega que os militares deveriam ter ocupado essas cadeiras, e não apenas
a Presidência da República, em referência a Bolsonaro.
"Vocês deveriam ter consciência de que esse país não é de vocês.
Se nós mudamos a presidência é porque a gente viu que tinha muitos bandidos e
que precisava de um militar. Mas, depois de tudo isso, nós temos a consciência
de que militar não faltava só na cadeira do presidente: falta no STF, na Câmara
dos Deputados e no Senado. O desejo de todos os brasileiros é que o presidente
feche as portas dessas três casas, porque não têm trazido benefício nenhum para
o nosso país".
O humorista ainda questiona a integridade dos órgãos citados.
"Vocês não têm mais a idade que acham que têm. A idade que têm era pra ter
vergonha na cara, hombridade, decência, integridade e representar este país da
forma que ele merece".
SÉRGIO REIS - O vídeo do ator vem à tona uma semana depois
que o cantor e ex-deputado Sérgio Reis foi apontado como mentor da convocação
de uma greve nacional de caminhoneiros, assim como de ataques ao STF. O assunto
ganhou repercussão após vazamento de áudio e um vídeo de Sérgio Reis.
O sertanejo afirma no áudio: "Se em 30 dias não tirarem os caras
(os ministros do STF) nós vamos invadir, quebrar tudo e tirar os caras na
marra. Pronto. É assim que vai ser. E a coisa tá séria".
As declarações foram repudiadas por políticos de diferentes orientações
ideológicas. Líderes dos caminhoneiros disseram que o cantor não os representa.
"Nós vamos parar 72 horas. Se não fizer nada, nas próximas 72
horas, ninguém anda no País, não vai ter nem caminhão para trazer feijão para
vocês aqui dentro", disse Sérgio Reis em uma reunião, em Brasília, com
representantes do agronegócio, sentado ao lado do presidente da Aprosoja,
Antonio Galvan.
INVESTIGAÇÃO - A pedido do Ministério Público Federal no
Distrito Federal, o sertanejo virou alvo de inquérito por ameaça. Na última
sexta-feira (20), ele foi alvo de mandados de busca e apreensão por parte da
Polícia Federal, expedidos pelo STF.
A medida visa apurar se Sérgio Reis "cometeu crime de incitar a
população a praticar atos violentos e ameaçadores contra a Democracia, o Estado
de Direito e suas Instituições, bem como contra os membros dos Poderes",
diz a PF.
VEJA O VÍDEO DO HUMORISTA BATORÉ
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