Entre as suspeitas, há violência contra presos e até contra a
própria companheira
A Controladoria Geral de Disciplina dos Órgãos de Segurança Pública e
Sistema Penitenciário (CGD) abriu investigações administrativas contra 12
militares (sendo 11 policias e um bombeiro) por casos de agressão física e
prisão ilegal no Ceará. As portarias foram publicadas no Diário Oficial do
Estado (DOE) da última quarta-feira (18).
Quatro policiais militares (um cabo e três soldados) viraram alvos de
uma Sindicância Administrativa pela suspeita de cometer agressões físicas
contra seis presos, em Quixadá, na data de 26 de janeiro de 2019. Segundo a
CGD, a conduta dos PMs pode ter violado valores fundamentais e os deveres
éticos do Código Disciplinar da Polícia Militar do Ceará (PMCE).
Outra Sindicância Administrativa, aberta por denúncia semelhante,
investigará dois PMs. Um sargento e um soldado são suspeitos de espancar um
preso, no Município de Arneiroz, em 30 de setembro de 2015. Laudo pericial
comprovou que o suspeito continha "lesão corporal de natureza grave".
AGRESSÕES FÍSICAS EM PERÍODO DE
FOLGA - Mais dois policiais
militares responderão a processos administrativos-disciplinares na
Controladoria Geral de Disciplina por agressões físicas cometidas em período de
folga.
Uma das investigações é contra um cabo PM que foi preso em flagrante
por agredir a sua companheira, em Quixadá, no dia 4 de novembro de 2020.
Enquanto um sargento PM se envolveu em uma briga em um bar, no
Município de Tauá, na noite de 16 de outubro de 2019. Conforme as informações
levantadas pela CGD, o policial e outro homem ingeriam bebida alcoólica quando
travaram uma briga corporal. O militar ainda teria puxado a arma de fogo.
Outra Sindicância Administrativa foi aberta contra um bombeiro militar
por ameaçar agredir um homem pelas redes sociais da Internet e na residência do
mesmo, localizada em Alto Santo. O soldado falou que iria dar "uma
pisa" em praça pública e ainda bateu na porta da vítima para reforçar as ameaças.
PRISÃO ILEGAL DE MULHER NO INTERIOR
- Três policiais militares (um
sargento e dois soldados) passaram a ser investigados pela CGD por uma suspeita
de prisão ilegal cometida contra uma mulher, em Arneiroz. Ela foi algemada,
colocada no xadrez da viatura e levada à Delegacia Regional de Tauá, da Polícia
Civil do Ceará (PCCE).
Na Delegacia, segundo a Portaria publicada no DOE, "não foi
lavrado nenhum procedimento policial em desfavor da mesma, uma vez que, o
Delegado de Polícia Civil plantonista que recebeu a ocorrência concluiu pela
atipicidade do fato gerador da prisão efetuada pelos militares". A mulher
terminou sendo solta pelo delegado.
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