Com a crise hídrica, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel)
anunciou nesta terça-feira (31) que uma nova bandeira tarifária entrará em
vigor a partir desta quarta-feira, dia 1º de setembro. O valor da bandeira de
chamada de “escassez hídrica” será de R$ 14,20 a cada 100 quilowatts-hora
(kWh). A medida ficará vigente até abril de 2022. Até agora, o sistema de bandeira
era revisto mês a mês.
Nesse cenário, a previsão da Agência é de que as contas de energias dos
brasileiros sofram um aumento médio de 6,78% a partir de setembro. A nova tarifa se aplica a todos os
consumidores, com exceção daqueles inscritos no programa Tarifa Social, que são
cerca de 12 bilhões de brasileiros.
O custo a mais é cobrado a cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos e
já havia sofrido um reajuste de 52% em julho. O último reajuste de julho também
elevou o valor das bandeiras vermelha 1 e amarela.
Uma das justificativas para o aumento é a crise hídrica que o Brasil
vive, sendo uma das maiores em 91 anos. De acordo com a agência, os aumentos
são necessários para garantir o fornecimento durante a crise hídrica que afetou
os reservatórios das hidrelétricas, fazendo necessário o acionamento das
térmicas, que possuem uma energia mais cara.
Desconto na energia - O governo anunciou, nesta terça-feira (31),
um programa que dará desconto na conta de luz dos consumidores residenciais e
pequenos negócios que reduzirem de forma voluntária o consumo de energia. O
programa tem duração prevista até dezembro, mas pode ser prorrogado.
O bônus será para quem diminuir o consumo de energia em, no mínimo, 10%
em comparação ao mesmo mês do ano passado. O desconto vai valer até uma redução
de 20%. As regras foram publicadas em edição extra do “Diário Oficial da
União”.
Além disso, o desconto será de R$ 0,50 por cada quilowatt-hora (kWh) do
volume de energia economizado dentro da meta de 10% a 20%. Quem economizar
menos que 10% não receberá bônus, e quem economizar mais que 20% não receberá
prêmio adicional.
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