Policial militar mandou o dono do outro som automotivo
desligar o aparelho - Ele obedeceu, mas voltou junto de um comparsa para matar
o agente de segurança, em Russas
Uma disputa sobre o som mais alto terminou no assassinato de um
policial militar, no Interior do Estado. A denúncia do Ministério Público do
Ceará (MPCE) contra dois homens, por cometerem o crime, afirma que a dupla foi
motivada por uma reclamação do sargento Carlos Eduardo de Santiago Ribeiro, de
40 anos, de que o som dos suspeitos estava mais alto que o som dele.
Carlos Eduardo foi executado próximo a um posto de combustíveis, no
Município de Russas, no último dia 7 de agosto. Quatro dias depois, o MPCE
denunciou Laércio Ícaro de Sousa Negreiros, 21, e Marcos Aurélio Assis de Sousa
Júnior, 25, por homicídio triplamente qualificado (motivo torpe, mediante
recurso que impossibilitou a defesa da vítima e contra autoridade da Segurança
Pública). A Vara Única Criminal de Russas, da Justiça Estadual, ainda não proferiu
decisão sobre a denúncia.
De acordo com a denúncia, o sargento estava na companhia de seus
amigos, ouvindo o som automotivo de sua propriedade, próximo a um posto de
combustíveis, no Distrito de Flores, quando outros homens chegaram ao local e
ligaram um som ainda mais alto, "abafando" o som da vítima.
Em razão da 'disputa' entre os sons, a vítima dirigiu-se até o
denunciado Marcos Aurélio, identificou-se como policial militar, mostrou sua
arma de fogo e pediu para que desligasse o som. Ato contínuo, o denunciado
Marcos Aurélio, contrariado, atendeu o pedido da vitima e desligou o som,
saindo do local logo em seguida.
Poucos minutos depois, Marcos Aurélio voltou na garupa de uma
motocicleta, conduzida por Laércio Ícaro. Marcos desceu do veículo, sacou uma
espingarda calibre 12 e atirou contra o PM, que morreu no local.
Um vídeo mostra a ação criminosa - Assista
JUSTIÇA DECRETOU PRISÕES PREVENTIVAS - Na audiência de custódia, realizada no dia 9 de agosto deste ano, a Vara Única Criminal de Russas decretou a prisão preventiva de Laércio Ícaro Negreiros e Marcos Aurélio de Sousa Júnior, como pedido pelo MPCE, "para garantia da ordem pública e da aplicação da lei penal". E ainda determinou a quebra do sigilo dos dados dos aparelhos telefônicos apreendidos na posse dos suspeitos.
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