Criminosos fizeram um vídeo exibindo armas e ameaças
O funkeiro MC Poze do Rodo faria sua primeira apresentação em
Salvador no próximo sábado (30), mas deve ficar para outra oportunidade. A
primeira 'dificuldade' para a realização do evento, que aconteceria no Alto do
Andu, na região da Avenida Paralela, se apresentou através das redes sociais,
em vídeos publicados por membros de uma facção criminosa ameaçando o músico
carioca de morte.
Horas depois da divulgação do vídeo, a Secretaria da Segurança Pública (SSP)
divulgou, na noite desta quinta-feira (28), a informação de que o show não foi
liberado justamente para evitar algum incidente mais grave.
"A Secretaria da Segurança Pública não permitirá a realização do evento
'Baile do Embrasa', marcado para o próximo sábado (30), no espaço de shows Alto
do Andú, em Salvador. Ameaças de traficantes contra o MC Poze, uma das atrações,
motivaram a decisão."
Ainda de acordo com a pasta, as equipes de inteligência apuram uma possível
rixa entre organizações criminosas e o cantor. A SSP cita ainda a existência do
vídeo.
Precedentes - Essa não é a primeira vez que o
carioca MC Poze é ameaçado por membros de organizações criminosas, após
anúncios de shows em outras cidades.
Desta vez, criminosos foram até o local onde ocorreria o ‘Baile do Embrasa’
para pichar o muro e ameaçar o artista. Nas imagens, é possível ver armas e até
granadas.
“Vai tocar aqui não, MC Poze aqui na Bahia é bala”, diz um dos homens, sem
mostrar o rosto, enquanto outro escreve ameaças na parede da casa de shows. Ao
final, os criminosos ainda efetuam uma série de disparos contra as paredes e
portão.
Outras ameaças - O funkeiro carioca já possui um
histórico de desavença com facções criminosas pelo país. MC Poze já precisou
cancelar um show em Manaus (AM), após sofrer ameaça de morte de bandidos
locais.
No ano passado, o artista chegou a ser investigado pela polícia do Rio de
Janeiro por suspeita de envolvimento com o tráfico de drogas e teve a prisão
preventiva decretada após ser denunciado pelo Ministério Público local.
De acordo com o inquérito, Marlon Brendon Coelho Couto da Silva, nome de
batismo do artista, faria parte da maior facção criminosa do Rio. Ainda segundo
a polícia, ele ainda seria responsável por incitar a violência, promover o
grupo criminoso e participar de shows pagos pelo tráfico.
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