domingo, 21 de novembro de 2021

Guarda Municipal de Acopiara vítima de acidente de trânsito luta pela plena recuperação

Acidente foi no final de março, na Rua dos Quixelôs esquina com a Ezaú Matos Cavalcante, no bairro Lagoa Park

A recuperação de pessoas acidentadas muitas vezes é demorada e em alguns casos chega a ser irreversível. Francisco Alves Silva Neto, 42, é guarda civil municipal na cidade de Acopiara, mas está de licença do trabalho, desde que foi vítima de um acidente de trânsito no final de março deste ano em Iguatu, onde mora. Para andar Neto precisa do apoio de uma pessoa, pois teve perda de massa encefálica, perdeu a fala e o movimento do braço direito, entre outras sequelas.
A rotina do guarda municipal e dos familiares mudou após o acidente. “Quando ele chegou aqui, a gente não acreditava que ele ia estar como hoje. Ele vem evoluindo muito bem. Todos nós tivemos que passar por uma nova adaptação”, conta a jovem Cyntia Lyandra Alves, filha de Neto, como é conhecido.
Em casa, Neto está sempre cercado dos filhos Lyedson, Cyntia e da esposa Graça, além de amigos, familiares e vizinhos que sempre estão por lá. Tanto carinho, amor e dedicação ajudam na recuperação dele. “Mesmo sem pode falar, a gente consegue entender tudo. A comunicação no começo era praticamente zero, mas até já fala algumas palavras. A gente se entende por gestos”, ressalta Cyntia a gratidão que é retribuída pelo sorriso e olhar de Neto.

O acidente - O acidente no final de março, na Rua dos Quixelôs esquina com a Ezaú Matos Cavalcante, no bairro Lagoa Park, justamente quando Neto seguia para casa dos pais dele, no bairro Tabuleiro. “Ele seguia de moto, quando o carro invadiu a contramão atingindo ele. Com o impacto da batida, meu pai sofreu traumatismo craniano, perdeu muito sangue.
Sorte que um socorrista de uma empresa perto prestou os primeiros socorros, se não teria morrido ali mesmo”, contou a jovem, afirmando ainda que com o estado gravíssimo, Neto sofreu acidente vascular cerebral (AVC) 24 horas depois do acidente, ficou em coma induzido por 5 dias e 14 dias intubado, e 21 dias na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), do total de 59 dias internado no Hospital Regional em Juazeiro do Norte.

Dificuldades e fé - Em casa, Neto tem acompanhamento direto da família e continua o tratamento médico de fonoaudiólogo e fisioterapeuta. Porém, todo esse tratamento e recuperação necessários possuem um custo muito alto. “Essa parte é bem difícil, porque a gente é quem banca todo o tratamento, até tem pelo SUS (Sistema Único de Saúde), mas como a gente não tem carro, sai muito caro ter que levar ele para as terapias. Nós conseguimos bons profissionais que fazem esse trabalho em casa. Mesmo sem poder a gente faz”, conta Maria das Graças Gomes Silva, esposa de Neto.
Mesmo enfrentando muitas dificuldades, a família se mostra unida e continua na luta pela recuperação da saúde de Neto, que visto como um milagre diante de tudo que passou, desde o dia do acidente. “Estamos apegados muito à fé em Deus. Ele tem nos ajudado muito. A gente ver o Neto como um milagre. Cada vez evolui bem. Se Deus quiser, logo ele estará retornando a ter um trabalho, assim como ele deseja. É a maior paixão dele. Gosta demais do trabalho que fazia em Acopiara. Pessoal de lá sente muita falta dele. Sempre mandam mensagem, eles até vêm aqui. Ajuda demais na recuperação”, comenta Graça.

Com informações do Jornal A Praça

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