terça-feira, 21 de dezembro de 2021

54 membros da mesma facção de Majestade, chefe de grupo criminoso do Ceará, viram réus após investigação

A investigação chegou aos acusados após a apreensão do celular de Francisca Valeska Pereira Monteiro, presa em Gramado, em agosto de 2021 - Mensagens em grupos de aplicativo ajudaram a identificar os envolvidos

Traficante do Ceará conhecida como Majestade passava férias em Gramado

Um grupo de 54 pessoas virou réu após a Justiça do Ceará acatar denúncia do Ministério Público estadual contra eles, como resultado de uma operação que prendeu Francisca Valeska Pereira Monteiro, conhecida como ‘Majestade’, líder de uma facção criminosa atuante no estado. Conversas em um aplicativo de mensagens ajudaram a identificar a relação que os acusados possuíam com o crime.
Apontada como uma das líderes do grupo criminoso, Majestade foi presa pela Polícia Civil do estado enquanto passava férias em Gramado (RS), em agosto deste ano. A captura ocorreu durante o cumprimento de um mandado de prisão contra ela. A jovem foi depois levada a Fortaleza.
A denúncia contra os acusados de integraram a facção foi aceita pela Vara de Delitos de Organizações Criminosas, em 13 de dezembro.
Na denúncia, o MPCE informa que as investigações dão conta de uma ampla lista de suspeitos de integrar a organização criminosa, tendo em vista o principal elemento de informação: cadastro de biqueiras, como são conhecidos os territórios delimitados para o tráfico de drogas.

Trocas de mensagens - No celular apreendido com Majestade, foram encontradas conversas em grupos de WhatsApp da organização criminosa, e em conversas privadas com integrantes do grupo, identificações e cadastros de centenas de participantes da facção.
A investigação teve acesso a mais de 1.700 mensagens com as informações solicitadas, as quais constam o nome do dono da biqueira, vulgo do padrinho do respectivo dono, endereço do local da biqueira e frente da biqueira. Assim, foi realizado um mapeamento que considera o principal pilar do grupo, ou seja, o alto escalão dos faccionados que detém o controle de vários locais de pontos de venda de entorpecentes no Ceará.
O documento revela que foram demonstrados indícios de participação de mais de 350 pessoas na facção criminosa. Contudo, alguns mandados não puderam ser cumpridos, já que alguns dos denunciados não foram encontrados, ou mesmo já morreram.
Por outro lado, o MPCE declarou que as cautelares de prisão preventiva, busca e apreensão foram bem sucedidas em face de aproximadamente 200 pessoas. Entretanto, muitas dessas pessoas já estavam presas no momento do cumprimento do mandado de prisão.

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