Operação deflagrada
nesta quarta-feira (15), denominada “Águas Turvas”, cumpriu seis mandados
judiciais de busca e apreensão em Fortaleza
e Iguatu para investigar a atuação de uma empresa moveleira.
A operação, deflagrada pelo Grupo Operacional do Comitê Interinstitucional de
Recuperação de Ativos do Ceará (Cira), investiga o grupo empresarial devido a
indícios da prática de crimes contra a ordem tributária, lavagem de dinheiro,
fraude à execução e associação criminosa.
Durante o cumprimento dos mandados, expedidos pela 2ª Vara Criminal da Comarca
de Iguatu, foram apreendidos aparelhos celulares, mídias digitais,
computadores, tablets, documentos, veículos, joias, além de R$ 2 milhões em
espécie.
O dinheiro foi encontrado na sede da empresa em Iguatu e na residência de um dos
investigados em Fortaleza. Um cofre do apartamento, inclusive, guardava a maior
parte das cédulas.
Por se tratar de grande quantidade em dinheiro vivo, foi necessária a ajuda de
funcionários de bancos para a contagem do dinheiro.
O cofre do apartamento também demandou a ajuda de um chaveiro para ser aberto.
BENS SEQUESTRADOS - Além de determinar a
busca e apreensão de objetos, a ordem judicial determinou também a
indisponibilidade de mais de 400 lotes imobiliários, nove salas comerciais,
nove veículos e dos valores disponíveis nas contas bancárias de sete suspeitos
de integrar o grupo criminoso.
O Cira estima que a soma total dos bens sequestrados, bloqueados e itens
apreendidos ultrapasse os R$ 10 milhões.
Apuração do Cira indica que, além de se apropriar indevidamente dos
tributos devidos, a empresa também teria simulado a venda de centenas de lotes
imobiliários em Iguatu e quase uma dezena de salas comerciais em Fortaleza. O
objetivo era demonstrar, de forma fraudulenta, um patrimônio menor do que
realmente tinha.
'ÁGUAS TURVAS' - O nome da operação
deflagrada nesta quarta remete ao sentido oposto do nome Iguatu, que em
Tupi-Guarani significa água boa.
As investigações serão continuadas, a partir da análise do material
apreendido e da movimentação financeira, contábil e tributária de cada um dos
suspeitos.
A operação foi deflagrada pelo Cira, por meio do Grupo de Atuação Especial
de Combate à Sonegação Fiscal (GAESF/MPCE), da Secretaria da Fazenda
(Sefaz-CE), da Procuradoria Geral do Estado e da Secretaria da Segurança
Pública e Defesa Social (SSPDS).
CIRA - O Cira é comitê formado por um grupo
diretivo (chefias do Ministério Público do Estado do Ceará, do Tribunal de
Justiça do Estado do Ceará, da Procuradoria-Geral do Estado do Ceará, da
Secretaria da Fazenda do Estado do Ceará e da Secretaria da Segurança Pública e
Defesa Social do Estado do Ceará) e por um grupo operacional (representantes
destas instituições, à exceção do TJCE). É um modelo nacional, criado no Ceará
em 2019.
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Com informações do Diário do Nordeste
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