Antônio Cadorne Rodrigues Júnior, de 34 anos, ingressou na
PMCE em 2018 e foi vítima de latrocínio - Ele é o segundo agente de segurança
morto neste ano
O soldado da PM Antônio Cardone Rodrigues Júnior, 34 anos, foi morto a tiros ao reagir uma tentativa de assalto em Fortaleza
A Controladoria Geral
de Disciplina dos Órgãos de Segurança Pública e Sistema Penitenciário (CGD)
informou que a Delegacia de Assuntos Internos (Dai) estará à frente do inquérito
policial da morte do soldado Antônio
Cadorne Rodrigues, pois investiga o suposto envolvimento de um policial
militar no crime de latrocínio (roubo seguido de morte). Cardone foi morto na
madrugada da última segunda-feira, 31, no bairro Quintino Cunha, em Fortaleza.
Nesta terça-feira, 1º, Francisco Anderson Silva Santos Ferreira, o
"Iceberg", que estava preso suspeito do crime, foi solto em audiência
de custódia após a Justiça constatar que a investigação policial indicava uma
"pessoa de aparência magra" como envolvida no latrocínio que vitimou
o militar. A companheira do soldado Cadorne também foi baleada na ação.
A informação que os policiais militares receberam, inicialmente, era de que
"Iceberg", que seria obeso e usaria bolsa de colostomia, seria o
comparsa do adolescente que participou da ação e trocou tiros com o soldado
Cardone. No entanto, as investigações policiais mostraram que o homem que
aparecia como comparsa era magro e teria outa identidade.
O responsável pelas informações repassadas aos policiais foi o adolescente
baleado, que participou do latrocínio. Antes de morrer, ele informou o nome de
Anderson como envolvido.
A companheira do policial militar, que foi baleada na região das costas, acima
do quadril, foi socorrida ao Instituto Doutor José Frota (IJF) e não conseguiu
prestar qualquer informação, pois estava sob efeito de medicamentos.
A investigação do DHPP apontou que não é "Iceberg" que aparece na
ocorrência. O juízo soltou ele em audiência de custódia e ainda oficiou à
Controladoria Geral de Disciplina, pois "Iceberg" denunciou supostas
agressões que teria sofrido. Além disso, o órgão também entra na investigação
devido à suspeita de envolvimento de um militar no latrocínio que vitimou
Cadorne.
Em nota, a CGD confirmou que a Delegacia de Assuntos Internos (DAI), a partir
de agora, estará à frente do inquérito policial que investiga o suposto
envolvimento de um policial militar na morte do PM Antônio Cardone Rodrigues.
Além disso, a CGD instaurou processo disciplinar para apuração na seara
administrativa, estando este, atualmente, em trâmite processual.
Nenhum comentário:
Postar um comentário