terça-feira, 8 de fevereiro de 2022

Suspeito de matar companheira grávida esteve em igreja e lanchonete após crime em Rondônia

Filho de pastor evangélico sufocou vítima e a esfaqueou

Antonieli e Gabriel eram colegas de trabalho e mantinham uma relação extraconjugal há dez meses

O suspeito Gabriel Santos Masioli, investigado pelo assassinato da companheira grávida, chegou a ir à igreja e a uma lanchonete depois de aplicar um golpe de “mata-leão” e esfaquear a vítima. Segundo informações foram apuradas pela Polícia Civil nesta segunda-feira (7).
O crime contra Antonieli Nunes Martins, ocorrido na última quarta-feira (2) em Pimenta Bueno, em Rondônia, foi motivado porque o homem não queria assumir a paternidade da criança.
Depois do assassinato, Gabriel buscou retornar à 'vida normal', fazendo passeios com a família na cidade e indo tomar sorvete em uma lanchonete. O suspeito chegou a confirmar ter saído para alguns locais na noite em que matou Antonieli, com quem mantinha uma relação extraconjugal.
Gabriel acrescentou também que, após se desfazer da arma do crime e abandonar o corpo, foi para a casa da família e acompanhou o pai à igreja.
A conversa com o pai, que é pastor, ocorreu aproximadamente às 20h. No entanto, o suspeito não revelou o assassinato da mulher, optando por focar nas supostas crises de ansiedade que sentia.

ANÚNCIO DA GRAVIDEZ - De acordo com o suspeito, Antonieli pediu para conversar com ele na última terça-feira (1º) sobre um assunto urgente, que não poderia ser falado ao telefone. O casal, então, combinou de se encontrar numa casa alugada.
Lá, ainda segundo o relato de Gabriel, a companheira mostrou a ele uma caixinha na qual havia uma roupa de bebê e um resultado positivo de teste de gravidez. A mulher, em certo momento da conversa, teria dito que ficaria com o filho e não esconderia a paternidade.

ENTENDA O CASO - Na quarta-feira (2), Gabriel pediu para ver novamente Antonieli depois do expediente. Na casa alugada, a companheira teria perguntado se ele assumiria a criança e ele, “em choque”, teria pedido para responder até sexta-feira (4), quando conversasse com sua companheira sobre o caso extraconjugal.
Nesse dia, o casal teria ficado de “conchinha” na cama. Foi quando, nas palavras do suspeito, ele teria tido “uma crise [de ansiedade]” e cometido o assassinato.
“Ela estava deitada no meu braço esquerdo, de costas pra mim, quando, do nada, dei um ‘mata-leão’, imobilizando também com as pernas. Ela se debateu e lutou contra a própria morte”.
No entanto, apesar de, em determinado momento, ter ficado desacordada, Antonieli ainda não havia morrido. Quando percebeu isso, se dizendo “desesperado”, Gabriel foi até a cozinha, pegou uma faca e golpeou o pescoço da vítima. 
Antonieli foi encontrada morta na cama na manhã seguinte por familiares que, preocupados por ela ter faltado ao trabalho e não responder mensagens, foram à casa.  

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