Quantidade, porém, é 91% menor do que o pico de óbitos da pandemia - Redução ocorreu por causa da vacinação, indicam governo e especialista
O número de óbitos
provocados pela Covid-19 no Ceará em janeiro de 2022 foi o maior dos últimos
seis meses. Os dados parciais considerados pela Secretaria da Saúde do estado
(Sesa), entre os dias 1º e 30 deste mês, indicam que foram registrados 368
mortes pelo coronavírus neste ano; este índice é o maior desde julho de 2021,
quando 494 morreram por complicações da doença.
O aumento de óbitos pela doença ocorre em meio à terceira onda da Covid-19 no
Ceará, puxada, conforme a Sesa, pelo avanço da variante ômicron no estado. A
variação do coronavírus, que já é majoritária no Ceará, é a sua versão mais
transmissível já identificada até o momento.
Apesar do aumento durante o mês de janeiro, a quantidade de óbitos ainda é
bastante inferior ao mês com maior número de mortes registradas desde o início
da pandemia. Em maio de 2020, no auge da primeira onda do coronavírus,
faleceram 4.251 pessoas — 91% a mais do que os números atuais.
O secretário da Saúde do Ceará, Marcos Gadelha, atribuiu o baixo quantitativo
no número de óbitos, quando comparado a outros períodos mais graves da
pandemia, à vacinação. De acordo com ele, o sistema de saúde estadual conseguiu
reter o número de pessoas doentes por causa da vacinação contra a Covid-19,
pois, proporcionalmente, a quantidade de pacientes com necessidades de leitos
de atenção foi menor.
Enquanto 25 em cada 100 pessoas que iam às UPAs precisavam de transferência
durante a primeira onda, apenas 5 em cada 100 precisaram ser transferidas
durante a terceira onda. "Esse dado das UPAs mostra exatamente o que
significou as pessoas estarem vacinadas nessa nova onda da ômicron no
Ceará".
Importância da vacinação - O Ceará está vacinando crianças entre 5 e 11 anos de idade e adultos com
a dose de reforço. A vacina atua como freio para números ainda mais expressivos
da pandemia no estado.
“As pessoas que não tomaram a vacina servem de experimento vivo. A grande
proporção das pessoas que estão internadas, que estão morrendo, não tomou a
vacina”.
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