Giselle teve o carro confundido com o de criminosos e foi
baleada pela polícia - A filha presenciou tudo
Depois de quase quatro
anos da morte da administradora de empresas Giselle Távora Araújo, morta em uma ação errada da Polícia Militar
em Fortaleza, a família cobra pela identificação do autor dos disparos. Aos 42
anos, Giselle teve o carro confundido com o de criminosos e foi baleada pela
polícia na Avenida Osório de Paiva. A filha presenciou tudo.
O caso aconteceu em 12 de junho de 2018. Giselle chegou a ser socorrida para o
Hospital Instituto Doutor José Frota, no Centro de Fortaleza, mas poucos
minutos após dar entrada na unidade, não resistiu e morreu. Ela foi atingida
por um tiro nas costas disparado por um policial.
A filha da vítima, Daniela Távora, que estava no carro no momento dos disparos,
afirma que os agentes de segurança seguiam de moto pela avenida, quando
confundiram o veículo da mulher com o de criminosos e iniciaram perseguição.
Quase quatro anos depois, traumatizada com a situação, Daniela pede uma
resposta da Justiça.
"Já vai fazer quatro anos em junho que a minha mãe faleceu e a gente não
tem nenhuma resposta significativa da justiça perante a esse crime. As únicas
respostas que a gente tem são só notícias mais negativas. Hoje o policial que
fez isso está sumido, foragido, ninguém consegue encontrá-lo. Se antes, na
época, eu estava assustada com o que estava acontecendo, esse medo só vem
aumentando", relata Daniela.
À época do crime, a Secretaria da Segurança Pública confirmou que o tiro que
ceifou a vida de Giselle partiu de um policial militar. A secretaria disse,
ainda, que a composição policial que participou da ação se apresentou no 13º
Distrito Policial (DP), onde foi registrado um boletim de ocorrência.
O caso foi transferido para a Controladoria Geral de Disciplina (CGD). A arma
utilizada pelo PM e o carregador da mesma foram apreendidos para realização de
perícia.
Nenhum comentário:
Postar um comentário