O youtuber Kleber Rodrigues de Moraes, o Klebim,
alvo de operação da Polícia Civil do Distrito Federal nesta segunda-feira (21),
construiu um império com a venda e divulgação de rifas ilegais nas redes
sociais. O negócio é proibido por ser considerado exploração de jogos de azar.
O influencer também é investigado por lavagem de dinheiro, que pode render até
12 anos de prisão.
De acordo com o Ministério da Economia, mesmo que o dinheiro arrecadado com a
rifa seja utilizado em projetos de caridade, a prática é considerada
clandestina. A legislação permite apenas a instituições filantrópicas sorteios
com venda de cotas, e é necessária uma autorização especial. Nesse caso, os
sorteios devem ser realizados exclusivamente pela Loteria Federal.
De acordo com a Polícia Civil do DF, o youtuber era o cabeça da organização
criminosa e, junto com ele, foram presas três pessoas: Pedro Henrique Barroso
de Neiva, 37 anos; Vinícius Couto Farago, 30; e Alex Bruno da Silva Vale, 28.
Os mandados são de prisão temporária, por cinco dias.
Os veículos divulgados nos sorteios eram personalizados com rodas, suspensão e
som especiais, e as rifas eram anunciadas em um site e nas redes sociais. Como
têm milhões de seguidores nas redes sociais, os investigados conseguiam vender
facilmente os bilhetes e arrecadavam valores astronômicos.
As rifas eram vendidas por meio de plafaformas digitais como Mercado Pago e
PayPal, e caíam diretamente na conta das empresas de fachada. Os valores eram
utilizados para comprar novos veículos, registrados em nome de testas de ferro.
O esquema, de acordo com a investigação, “era altamente lucrativo e apurou-se
que os criminosos movimentaram R$ 20 milhões em apenas dois anos”.
Klebim foi preso na casa em que mora com a mãe e a companheira. Quatro carros
estavam na garagem da residência, entre eles um Lamborghini Huracán, avaliado
em R$ 3 milhões, e uma moto aquática. Também foi sequestrada uma mansão no Park
Way, determinado o confisco de R$ 10 milhões das contas dos investigados e
apreendidos celulares e computadores, com autorização da Justiça.
VEJA O MOMENTO DA PRISÃO
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