terça-feira, 22 de março de 2022

Youtuber é preso suspeito de chefiar quadrilha de venda ilegal de rifas

As rifas eram vendidas por meio de plafaformas digitais como Mercado Pago e PayPal, e caíam diretamente na conta das empresas de fachada

O youtuber Kleber Rodrigues de Moraes, o Klebim, alvo de operação da Polícia Civil do Distrito Federal nesta segunda-feira (21), construiu um império com a venda e divulgação de rifas ilegais nas redes sociais. O negócio é proibido por ser considerado exploração de jogos de azar. O influencer também é investigado por lavagem de dinheiro, que pode render até 12 anos de prisão.
De acordo com o Ministério da Economia, mesmo que o dinheiro arrecadado com a rifa seja utilizado em projetos de caridade, a prática é considerada clandestina. A legislação permite apenas a instituições filantrópicas sorteios com venda de cotas, e é necessária uma autorização especial. Nesse caso, os sorteios devem ser realizados exclusivamente pela Loteria Federal.
De acordo com a Polícia Civil do DF, o youtuber era o cabeça da organização criminosa e, junto com ele, foram presas três pessoas: Pedro Henrique Barroso de Neiva, 37 anos; Vinícius Couto Farago, 30; e Alex Bruno da Silva Vale, 28. Os mandados são de prisão temporária, por cinco dias.
Os veículos divulgados nos sorteios eram personalizados com rodas, suspensão e som especiais, e as rifas eram anunciadas em um site e nas redes sociais. Como têm milhões de seguidores nas redes sociais, os investigados conseguiam vender facilmente os bilhetes e arrecadavam valores astronômicos.
As rifas eram vendidas por meio de plafaformas digitais como Mercado Pago e PayPal, e caíam diretamente na conta das empresas de fachada. Os valores eram utilizados para comprar novos veículos, registrados em nome de testas de ferro. O esquema, de acordo com a investigação, “era altamente lucrativo e apurou-se que os criminosos movimentaram R$ 20 milhões em apenas dois anos”.
Klebim foi preso na casa em que mora com a mãe e a companheira. Quatro carros estavam na garagem da residência, entre eles um Lamborghini Huracán, avaliado em R$ 3 milhões, e uma moto aquática. Também foi sequestrada uma mansão no Park Way, determinado o confisco de R$ 10 milhões das contas dos investigados e apreendidos celulares e computadores, com autorização da Justiça.

VEJA O MOMENTO DA PRISÃO

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