Acumulado dos três primeiros meses da quadra chuvosa chega a
455 milímetros, dentro da margem da média histórica para o trimestre
Entre o dia 1° de
fevereiro até a última quarta-feira, 20, o Ceará alcançou o acumulado de 456
milímetros (mm) de chuva, soma que se aproxima da média histórica para os três
primeiros meses de quadra chuvosa do Estado, de 510 mm. Os dados são da
Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme), que em janeiro
previu 40% de chance de precipitações dentro da margem de normalidade. A quadra
chuvosa se estende ainda até o fim de maio, mês com médias menores que os
antecessores. Em 2022, o período iniciou de forma tímida, com fevereiro
ficando abaixo do esperado ao fechar em 64,5mm, ante a normal de 118,6 mm).
Março, o mês de mais precipitação no Ceará, compensou, ficando 30% acima da
média histórica e fechando com 265,7mm. Até esta quarta-feira, abril
contabilizou 124,7mm dos 188mm de costume.
Atualmente, 9 das 12 regiões hidrográficas do Ceará já atingiram margem dentro
do esperado para o trimestre e outras três estão abaixo. O melhor resultado é
na Metropolitana, 11% acima da média histórica, enquanto o pior é do Médio Jaguaribe,
36,6% abaixo.
Até essa quarta, os açudes do Estado acumulavam 33,5% da capacidade total, com
28 açudes em sangria, 10 outros com mais de 90% da água possível e 59 com menos
de 30%. Apenas um dos três maiores açudes do Ceará supera os 20%. O
Castanhão, no Médio Jaguaribe, tem 18,52%, o Orós, no Alto Jaguaribe, tem
43,86%, enquanto o Banabuiú, na região de mesmo nome, acumula só 8,31%. As
marcas dos dois maiores são as mais altas desde junho de 2016 e outubro de
2014, respectivamente.
O prognóstico para o trimestre indicava 40% de probabilidade de chuvas acima da
média, 40% em torno dela e ainda 20% de chances de precipitações abaixo da
normal climatológica. O principal sistema físico responsável pelas alterações é
a zona de convergência intertropical.
Zona de convergência intertropical - A zona de convergência intertropical é principal sistema responsável pelos acumulados de chuva na quadra chuvosa. Principalmente no Centro-Norte do Estado.
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