O Tribunal de Justiça
do Estado de Goiás (TJ-GO) condenou o médico ginecologista Nicodemos Júnior Estanislau Morais, 41, a 35 anos, por estupro e
abuso sexual de pacientes.
O médico também foi condenado a pagar indenização por danos morais para duas
vítimas no valor de R$ 20 mil para cada. O médico está preso e foi negado o
direito de recorrer em liberdade. Ele poderá recorrer da sentença.
O Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO) denunciou o médico pelo crime
de estupro contra 39 mulheres e por violação sexual contra outras três. As
vítimas, segundo as investigações, são de Abadiânia e Anápolis.
Como o caso corre em segredo de justiça, o TJ-GO afirma que não é possível
informar quais são os casos que levaram a essa condenação do ginecologista.
Entenda o caso - O ginecologista se
tornou alvo de investigação depois que mulheres procuraram a Delegacia de
Atendimento à Mulher (Deam) de Anápolis para denunciar que foram vítimas de
crimes sexuais dentro do consultório. No início foram três, mas o caso ganhou
repercussão e outras vítimas se sentiram seguras para registrar os crimes.
Nicodemos foi preso pela primeira vez em 29 de setembro de 2021, após as
três primeiras pacientes relatarem os abusos à Polícia Civil.
Mesmo diante do número de denúncias, o médico foi solto em 4 de outubro por
decisão da Justiça, passou a ser monitorado por tornozeleira eletrônica. No
entanto, mais vítimas de Abadiânia registraram ocorrências e ele foi preso
novamente em 8 de outubro do mesmo ano.
Durante as denúncias, as vítimas relataram diversos tipos de comportamento
e comentários com conotações sexuais por parte do ginecologista.
Nicodemos Júnior negou todos os assédios. Ele disse que comentários em
aplicativos de mensagens eram "brincadeira" e admitiu que isso foi um
erro.
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