quarta-feira, 20 de abril de 2022

Nove integrantes de facção paulista são soltos pela Justiça do Ceará

Chefes da facção beneficiados por soltura
 

Pelo menos nove acusados de integrar uma organização criminosa de origem paulista no Ceará foram soltos pela Justiça Estadual, nas últimas semanas. Eles estão entre os 220 alvos de uma operação da Polícia Civil do Ceará (PC-CE) e do Ministério Público do Ceará (MPCE) contra a facção, deflagrada em 2020.
As decisões de soltura foram tomadas em pedidos de Relaxamento de Prisão individuais e proferidas entre os dias 28 de março e 11 de abril deste ano. Os juízes da Vara de Delitos de Organizações Criminosas consideraram o excesso de prazo das prisões.
O processo criminal principal, que tinha 220 réus (com denúncia do MPCE recebida há um ano e cinco meses), foi desmembrado em dez novos processos. Mesmo assim, alguns acusados não foram localizados para serem intimados e apresentarem defesa, o que prejudicou o andamento das ações penais.
A primeira soltura foi do réu Vinícius Alves da Silva, que estava detido desde 27 de agosto de 2020.
O relaxamento de uma prisão levou as defesas dos outros réus a também pedirem por liberdade, em razão do excesso de prazo da detenção e também da extensão do benefício.

FORAM SOLTOS OS SEGUINTES RÉUS

Vinícius Alves da Silva

Juscelino Freitas Oliveira

João Victor Carvalho Sales

Francisco Aurelio Lima de Sousa

Francisco Alexandre Pinto de Lima

Jonh Wader dos Santos Silva

David Gomes da Costa

Gracias Rodrigues de Moraes

Francisco Arimateia Alves de Sousa

Chefes da facção beneficiados por soltura - Entre os réus soltos, David Gomes da Costa e Gracias Rodrigues de Moraes são apontados pelo Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco), do MPCE, como duas das 47 lideranças da facção paulista no Ceará que viraram alvos da operação.
Os 220 membros da facção paulista foram identificados a partir da prisão de James Machado Cordeiro, o ‘Simpson’, em 2018, e da extração de dados do aparelho celular do mesmo. A Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco) encontrou uma lista com o cadastro dos faccionados, com informações pessoais e sobre a participação individual na organização criminosa.
Entre os principais líderes da facção no Ceará estão um microempresário do ramo de festas e bufês (‘Simpson’), um peruano condenado por tráfico internacional de drogas e também um pescador condenado pelo triplo homicídio de uma família.

Nenhum comentário:

Postar um comentário