Grupo governista depende da manutenção da aliança com o PT
para chegar a um nome - Capitão Wagner (União) será candidato de oposição
Pelo menos quatro
partidos definiram pré-candidatos para o governo do Ceará nas eleições 2022.
Enquanto o grupo governista vive um impasse, outras alianças já têm nomes, que
ainda precisam ser confirmados em convenção partidária.
Os pré-candidatos já definidos são
Adelita Monteiro, Psol
Capitão Wagner, União
Brasil
Serley Leal, UP
Zé Batista, PSTU
As convenções
partidárias ocorrem entre 20 de julho e 5 de agosto, conforme o calendário
eleitoral do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Candidato governista
A governadora Izolda
Cela (PDT), que assumiu o cargo após a renúncia de Camilo Santana, pode se
candidatar à reeleição, mas a definição depende da manutenção ou não da aliança
com o PT.
O partido de Izolda, que tem como principal liderança no Ceará o pré-candidato
à Presidência da República Ciro Gomes, pode romper com o PT; caso isso ocorra,
cada partido pode lançar candidato próprio.
Nas eleições de 2018, Ciro Gomes disse que não voltaria a fazer campanha com o
PT "nunca mais".
O presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, defendeu apoio ao nome do
ex-prefeito de Fortaleza, Roberto Cláudio (PDT) como candidato ao Palácio da
Abolição em evento do PDT realizado em 15 de junho, em Fortaleza.
O presidente do PDT Ceará, deputado federal André Figueiredo (PDT), afirmou que
uma pesquisa eleitoral vai ajudar a definir qual dos quatro nomes que disputam
a pré-candidatura será escolhido para disputar as eleições para o governo do
Ceará: a atual governadora, Izolda Cela, o ex-prefeito de Fortaleza, Roberto
Cláudio, o deputado federal, Mauro Filho, e o presidente da Assembleia
Legislativa do Ceará, Evandro Leitão.
Adelita Monteiro (PSOL)
O Partido Socialismo e
Liberdade (PSOL) aprovou, ainda em fevereiro, a pré-candidatura de Adelita
Monteiro ao Governo do Estado do Ceará. O diretório estadual do partido fez o
anúncio após reunião on-line.
Fundadora do Psol no Ceará, a pré-candidata já integrou a direção nacional do
partido e, atualmente, é Secretária Geral do PSOL no estado. Adelita iniciou
sua atuação política aos 15 anos de idade nas pastorais de juventude. Natural
de Limoeiro do Norte, na infância mudou-se com a família para a capital.
Capitão Wagner (União Brasil)
Eleito vereador e
deputado estadual mais votado em Fortaleza e no Ceará, respectivamente, Capitão
Wagner é o principal nome de oposição a disputar o cargo no Governo do Ceará.
Em 2020, ele obteve 48,31% dos votos válidos na corrida pela Prefeitura de
Fortaleza, quando perdeu no segundo turno para José Sarto.
O pré-candidato pelo União Brasil declarou apoio a Jair Bolsonaro quando o
presidente participou de eventos no Ceará. Ele também é um tradicional opositor
ao grupo político de Ciro Gomes.
Serley Leal (UP)
O partido União Popular
(UP) definiu Serley Leal como seu pré-candidato. Ele é militante, fundador do
partido Unidade Popular pelo Socialismo e, atualmente, membro do Diretório
Estadual da legenda no Ceará.
Em 2001, foi eleito para o Diretório Central dos Estudantes (DCE) da
Universidade Federal do Ceará, também tendo participado do diretório estudantil
na Uece. Participou ativamente das principais lutas sociais desde o final da
década de 90, como a campanha contra as privatizações realizadas nos governos
de FHC e Tasso Jeressaiti.
Zé Batista (PSTU)
Em maio, o PSTU lançou
a pré-candidatura do operário da construção civil Zé Batista ao governo do
Ceará.
"A pré-candidatura do PSTU é radicalmente oposta a tudo que está aí. São
as mãos de operários e operárias que constroem tudo na sociedade, por isso a
classe operária também precisa governar", disse, ao ser nomeado como
pré-candidato pela sigla.
O pré-candidato a vice-governador é Reginaldo Araújo, servidor público de
Limoeiro do Norte e ativista do movimento ambiental e social.
Nenhum comentário:
Postar um comentário