O acusado deve ser submetido a um exame médico para avaliar
se era penalmente imputável na época dos fatos
A Justiça decidiu
suspender a ação penal principal que tramita contra Joelson de Sousa Silva, pelo crime de feminicídio. Joelson foi
acusado de matar a própria mãe, com 32 facadas, em Fortaleza, no fim do ano de
2021. A decisão de suspender o processo foi proferida na última quinta-feira
(9) e é baseada nos indícios que o réu tenha transtornos mentais.
Foi instaurado incidente de insanidade mental do imputado. O Ministério Público
do Ceará (MPCE) foi a favor da instauração para averiguar se, à época dos
fatos, o acusado era penalmente imputável. Agora, Joelson deve ser submetido a
um exame médico.
O acusado seria responsável por assassinar a mãe, Maria Luíza da Silva Magalhães, de 68 anos, por motivo torpe e com
circunstância que dificultou a defesa da vítima. Oficial de Justiça tentou
citar Joelson, mas não conseguiu alegando que ele, aparentemente, não teria
condições de receber a citação, porque "falava frases desconexas e sem
sentido, tendo inclusive escrito no anverso do mandado, palavras que não tem
nenhuma ligação com este ato jurídico".
GOLPES DE FACA - A idosa foi assassinada
com 32 facadas após ser arrastada e amarrada pelo suspeito, no bairro José
Bonifácio. Conforme o Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), as
perfurações na vítima, identificada como Maria Luiza da Silva Magalhães, 68
anos, foram distribuídas em áreas como abdômen, pescoço e rosto.
Para a polícia, a motivação do crime foi o descontentamento do filho com a
mãe, que queria interná-lo. Testemunhas informaram que o suspeito, identificado
como Joelson de Sousa Silva, seria deficiente auditivo e teria problemas
psicológicos.
O esposo da vítima disse à Polícia já ter encontrado Maria Luíza no chão e
ensanguentada. Filha da vítima e irmã do suspeito também prestou depoimento e
confirmou a versão que Joelson tem problemas mentais, passando por tratamento
em um Centro de Atenção Psicossocial (Caps) desde criança.
Ele segue detido no Instituto Psiquiátrico Governador Stenio Gomes.
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