domingo, 5 de junho de 2022

Três PMs acusados de chacina em Quiterianópolis têm prisão relaxada

 Justiça considerou na decisão demora em conclusão de laudo pericial - PMs serão monitorados por tornozeleira eletrônica

CHACINA DE QUITERIANÓPOLIS deixou cinco mortos em outubro de 2020, no Ceará

A Vara Única Criminal de Tauá, no Sertão dos Inhamuns, concedeu liberdade para três policiais militares acusados de participação na chacina que deixou cinco mortos em Quiterianópolis, na mesma região, em outubro de 2020. Os policiais terão de usar tornozeleira eletrônica. A decisão foi tomada na última sexta-feira, 3, pelo Colegiado de magistrados responsável pelo caso.
Os beneficiados pela decisão são o cabo Francisco Fabrício Paiva, o soldado Dian Carlos Pontes Carvalho e o tenente Charles Jones Lemos Júnior. O sargento Cícero Araújo Veras também é réu pelo crime, mas já havia tido a prisão convertida em monitoramento eletrônico.
Além do uso da tornozeleira, a Justiça estabeleceu que os réus não poderão frequentar bares e estabelecimentos congêneres, assim como não poderão manter contato com vítimas sobreviventes e testemunhas e não poderão sair de casa de 18 às 6 horas, inclusive em feriados. A decisão judicial também apreciou pedido da defesa do sargento Cícero para que o monitoramento eletrônico fosse revogado, mas o requerimento foi negado.

Relembre o caso - Conforme a denúncia do MPCE, os réus, ao lado de pessoas ainda não identificadas, assassinaram as vítimas no momento em que estas estavam em uma confraternização na casa de José Renaíque Rodrigues de Andrade, morto na ação. Também morreram na chacina: Irineu Simão do Nascimento, Antônio Leonardo Oliveira, Etivaldo Silva Gomes e Gionnar Coelho Loiola.
Duas linhas de investigação surgiram para explicar a motivação do crime. Uma aponta que seria uma retaliação por um suposto envolvimento de José Renaíque e Irineu Simão no roubo a um comércio. Já a outra aponta para uma investigação que os réus estavam fazendo dias antes do crime contra um traficante da região.

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