Justiça considerou na decisão demora em conclusão de laudo pericial - PMs serão monitorados por tornozeleira eletrônica
A Vara Única Criminal
de Tauá, no Sertão dos Inhamuns, concedeu liberdade para três policiais
militares acusados de participação na chacina que deixou cinco mortos em
Quiterianópolis, na mesma região, em outubro de 2020. Os policiais terão de
usar tornozeleira eletrônica. A decisão foi tomada na última sexta-feira, 3,
pelo Colegiado de magistrados responsável pelo caso.
Os beneficiados pela decisão são o cabo
Francisco Fabrício Paiva, o soldado Dian Carlos Pontes Carvalho e o tenente
Charles Jones Lemos Júnior. O sargento Cícero Araújo Veras também é réu pelo
crime, mas já havia tido a prisão convertida em monitoramento eletrônico.
Além do uso da tornozeleira, a Justiça estabeleceu que os réus não poderão
frequentar bares e estabelecimentos congêneres, assim como não poderão manter
contato com vítimas sobreviventes e testemunhas e não poderão sair de casa de
18 às 6 horas, inclusive em feriados. A decisão judicial também
apreciou pedido da defesa do sargento Cícero para que o monitoramento
eletrônico fosse revogado, mas o requerimento foi negado.
Relembre o caso - Conforme a denúncia do
MPCE, os réus, ao lado de pessoas ainda não identificadas, assassinaram as
vítimas no momento em que estas estavam em uma confraternização na casa de José
Renaíque Rodrigues de Andrade, morto na ação. Também morreram na chacina:
Irineu Simão do Nascimento, Antônio Leonardo Oliveira, Etivaldo Silva Gomes e
Gionnar Coelho Loiola.
Duas linhas de investigação surgiram para explicar a motivação do crime.
Uma aponta que seria uma retaliação por um suposto envolvimento de José
Renaíque e Irineu Simão no roubo a um comércio. Já a outra aponta para uma
investigação que os réus estavam fazendo dias antes do crime contra um
traficante da região.
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