terça-feira, 28 de junho de 2022

Violência contra travestis - Cinco mortes no Ceará em 2022

Na última segunda uma travesti foi morta a tiros e outra arremessada de um carro em movimento - Todas as vítimas eram mulheres trans

Vítima foi socorrida ao IJF

Subiu para cinco o número de pessoas trans mortas no Ceará. A quinta morte aconteceu na última segunda-feira, 27, quando uma travesti chamada de Cromada foi assassinada a tiros na Grande Messejana, em Fortaleza. Na mesma noite, outra travesti foi arremessada de um carro em movimento, também na Capital. Ambos os crimes aconteceram véspera do dia do Orgulho LGBTQIA+, celebrado nesta terça-feira, 28. 
A travesti arremessada de um carro foi socorrida e segue internada. A Polícia Civil informou que três criminosos ocupavam o veículo. A vítima caída ao solo foi socorrida por profissionais do Serviço Móvel de Atendimento de Urgência (Samu), que a encaminharam ao Instituto Doutor José Frota (IJF), no Centro. A travesti estava ainda com a língua cortada e com marcas de tortura. 
Não há informações sobre prisão ou elucidação de qualquer um dos crimes que vitimou pessoas trans no Ceará neste ano. Em todos os casos, as vítimas eram mulheres trans. 
No caso de Cromada, ela estava na calçada de um bar onde trabalhava e foi surpreendida por um homem em uma motocicleta. Ela foi atingida por aproximadamente quatro tiros e não resistiu aos ferimentos. Ela morreu no local.

Cinco travestis mortas no Estado em seis meses

- No dia 14 abril, no município de Barreira, no Ceará, a travesti Fernandinha foi decapitada e teve a cabeça deixada no galho de uma árvore. A vítima tinha 28 anos, e o caso era investigado pela delegacia da cidade.

- No dia 9 de abril, no Centro de Fortaleza, uma travesti, de nome não informado, foi encontrada morta com sinais de estrangulamento.

- No dia 30 de março, uma mulher trans foi morta a tiros na Pacatuba. Ela tinha 31 anos e foi assassinada em via pública. O caso era investigado pela Delegacia da Pacatuba.

- No dia 11 de fevereiro, a travesti Sofia Gisely, de 22 anos, foi morta a pedradas. O caso era investigado pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).

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