Descoberta ocorreu em
investigação da Polícia Civil do Ceará, que cumpriu mandados contra o novo
membro do grupo criminoso
Um dos líderes do furto ao Banco Central em Fortaleza em 2005, Antônio Jussivan Alves dos Santos, o
'Alemão', trocou de facção criminosa durante a detenção em um presídio
federal de segurança máxima. Antes ligado a um grupo de origem paulista, o
cearense foi cooptado para o Conselho Permanente de uma facção carioca, com atuação no Ceará.
A descoberta da Polícia Civil do Ceará (PC-CE) ocorreu em uma investigação em
desdobramento à prisão de Francisca
Valeska Pereira, a 'Majestade' - responsável pelo setor financeiro da
facção carioca - ocorrida em agosto do ano passado.
A Polícia acredita que 'Alemão', aos 55 anos, foi cooptado pela facção carioca
para dar uma resposta ao enfraquecimento que o grupo criminoso começou a ter no
ano passado no Ceará, quando dissidentes formaram uma nova facção e entraram em
conflito com os antigos comparsas, na disputa por território para o tráfico de
drogas - o que já causou dezenas de mortes.
O cearense nascido em Boa Viagem ganhou notoriedade no mundo do crime nacional
ao ser apontado pelas autoridades como um dos mentores do furto de R$ 164
milhões do Banco Central em Fortaleza, em agosto de 2005. Ele também responde a crimes na Bahia, Distrito Federal e São Paulo.
PRESO RECEBEU AJUDA FINANCEIRA DA
FACÇÃO - A investigação da Draco
concluiu que Antônio Jussivan Alves dos Santos, como integrante do Conselho
Permanente da facção carioca no Ceará, é um dos beneficiados pela
"caixinha" do grupo criminoso (ou seja, por estar preso, ele passou a
receber ajuda financeira dos novos comparsas).
Foi a partir de transferências bancárias que a Polícia Civil do Ceará
chegou a 'Alemão'. Durante a prisão de 'Majestade', em Gramado, no Rio Grande
do Sul, no dia 26 de agosto de 2021, os investigadores apreenderam celulares
que estavam com ela, inclusive o aparelho do seu companheiro, João Vitor dos
Santos, o 'Adidas'.
Com a autorização da Justiça Estadual para extrair os dados dos aparelhos
celulares, a PC-CE apurou que 'Adidas' conversava com frequência com Maria
Júlia Machado de Menezes, a 'Maluca' (presa em fevereiro de 2022), que seria a
responsável direta por transferir valores da "caixinha" para
lideranças da facção e que, por isso, prestava contas com o companheiro de
'Majestade', com o envio de comprovantes dos Pix (transferências) realizados.
VEJA O VÍDEO DA PRISÃO DE 'MAJESTADE'
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