O agente de segurança alegou 'insanidade mental' à Justiça, mas a ação foi arquivada após laudo pericial negar doença psicótica
O cabo Manoel Bonfim dos Santos Silva foi expulso da Polícia Militar do Ceará (PMCE), por decisão da
Controladoria Geral de Disciplina dos Órgãos de Segurança Pública e Sistema
Penitenciário (CGD), em uma investigação administrativa em decorrência da
acusação de que o militar matou a tiros a companheira Ana Rita Tabosa Soares, em Fortaleza, em outubro de 2020. A decisão
foi publicada no Diário Oficial do Estado (DOE) da última terça-feira (23).
Ana Rita foi mais uma
vítima de feminicídio no Ceará. A mulher foi morta a tiros, durante uma
discussão com o companheiro, dentro de um veículo, no bairro Serrinha, em
Fortaleza, na noite de 8 de outubro de 2020. Manoel Bonfim foi preso em flagrante.
Após atirar contra a própria mulher e perceber que ela estava morta, o policial
militar começou a chorar e a gritar dizendo que estava arrependido. O suspeito
ainda chegou a ligar para uma ambulância no intuito de socorrer a vítima, mas,
quando o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) chegou ao local, a mulher já estava sem vida.
PM ALEGOU 'INSANIDADE MENTAL' - A defesa do cabo Manoel Bonfim dos Santos Silva ingressou com uma ação na
Justiça Estadual, poucos dias após o crime, para alegar "insanidade mental" do cliente e
que, devido a doença, ele estaria incapaz de entender o caráter ilícito de um
feminicídio pelo qual é acusado.
Entretanto, conforme a decisão da Controladoria Geral de Disciplina pela
expulsão do acusado dos quadros da Polícia Militar, o laudo pericial afastou a
possibilidade de Manoel estar com uma doença mental na época do crime. Então, a
ação foi arquivada na Justiça.
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