quarta-feira, 24 de agosto de 2022

Policial militar que matou a companheira há dois anos é expulso da Corporação

O agente de segurança alegou 'insanidade mental' à Justiça, mas a ação foi arquivada após laudo pericial negar doença psicótica

O PM Manoel Bonfim dos Santos Silva assassinou a tiros a própria mulher, Ana Rita Tabosa

O cabo Manoel Bonfim dos Santos Silva foi expulso da Polícia Militar do Ceará (PMCE), por decisão da Controladoria Geral de Disciplina dos Órgãos de Segurança Pública e Sistema Penitenciário (CGD), em uma investigação administrativa em decorrência da acusação de que o militar matou a tiros a companheira Ana Rita Tabosa Soares, em Fortaleza, em outubro de 2020. A decisão foi publicada no Diário Oficial do Estado (DOE) da última terça-feira (23).
Ana Rita foi mais uma vítima de feminicídio no Ceará. A mulher foi morta a tiros, durante uma discussão com o companheiro, dentro de um veículo, no bairro Serrinha, em Fortaleza, na noite de 8 de outubro de 2020. Manoel Bonfim foi preso em flagrante.
Após atirar contra a própria mulher e perceber que ela estava morta, o policial militar começou a chorar e a gritar dizendo que estava arrependido. O suspeito ainda chegou a ligar para uma ambulância no intuito de socorrer a vítima, mas, quando o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) chegou ao local, a mulher já estava sem vida.

PM ALEGOU 'INSANIDADE MENTAL' - A defesa do cabo Manoel Bonfim dos Santos Silva ingressou com uma ação na Justiça Estadual, poucos dias após o crime, para alegar "insanidade mental" do cliente e que, devido a doença, ele estaria incapaz de entender o caráter ilícito de um feminicídio pelo qual é acusado.
Entretanto, conforme a decisão da Controladoria Geral de Disciplina pela expulsão do acusado dos quadros da Polícia Militar, o laudo pericial afastou a possibilidade de Manoel estar com uma doença mental na época do crime. Então, a ação foi arquivada na Justiça.

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