Nessa segunda-feira crianças precisaram se jogar no chão de
uma creche, para se proteger
Paredes crivadas de tiro, dezenas de cápsulas de bala de fogo
espalhadas pelo chão e moradores indignados. É assim que começou a
semana no bairro do Nordeste de Amaralina, em Salvador. Nessa segunda-feira (15),
quando o relógio ainda marcava 8h, crianças em uma creche precisaram se jogar
no chão para fugir dos disparos.
O cenário
assustou moradores da região. "Foi bala para todo lado e vários minutos
disso sem uma pausa". A situação, apesar de assustar, não surpreendeu quem
mora por lá. De acordo com os moradores, os casos de tiroteio já se repetem, de
forma consecutiva, há seis dias.
Segundo moradores, os tiros vêm apenas de armas de agentes da Polícia Militar
da Bahia. "Toda vez é isso e de uma semana para cá ficou pior. Os PMs
chegam aqui sem querer saber de nada, já atirando e a gente que se vire para se
proteger. Não estão nem aí se tem criança ou idoso na rua. Hoje mesmo, às 8h, é
cheio de criança indo para escola e para creche e mesmo assim não pararam, fizeram
o mesmo dos últimos dias".
Cotidiano de medo - Os moradores negam a versão apresentada pela polícia e dizem que não há confrontos e nem grupos armados na área. "Não existe troca de tiro e confronto, aqui não tem nem bandido para isso. Eles botam a cara aí e mandam tiro. Aqui, para eles, só tem vagabundo e vagabunda. Minha casa carrega as marcas disso e a gente não fica seguro para fazer nada", responde um morador ao ser questionado sobre possíveis confrontos entre suspeitos e policiais.
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