O sertanejo tem muito a comemorar. O ano de 2022, mesmo ainda restando dois meses para o fim, já entrou
para a história recente como um dos mais chuvosos no Ceará. Esse bom desempenho
deve-se a regularidade das chuvas.
Em 10 meses, apenas duas vezes (fevereiro
e setembro) as chuvas não fecharam acima da média. E este índice positivo
pode aumentar.
Conforme o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), a previsão para os
próximos meses é de precipitações acima da média.
"A atuação da La Niña é positiva. A tendência é de que tenhamos volumes
acima da média em novembro, dezembro e janeiro".
A La Niña é o esfriamento das águas superficiais do Oceano Pacífico Equatorial.
Quando ela está atuando, aumentam as chances de ocorrência de chuvas em uma
porção do Brasil, que contempla o Ceará.
Caso essa previsão se confirme, o ano fechará com apenas dois meses abaixo da média
e um (abril) em torno da normal climatológica, isso porque o mês de outubro,
ainda que restem 3 dias para o fim, já conseguiu superar a média histórica.
Conforme dados da Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos
(Funceme), a normal mensal é de 3,9 mm e, até agora, já há o acumulado de 9,6
milímetros, o que representa 143,8% acima da normal climatológica.
RESERVATÓRIOS - Os bons volumes
acumulados em 2022 contribuíram para elevar o nível dos açudes cearenses, com
destaque para Orós e Castanhão. Os dois maiores reservatórios do Estado mais
que dobraram de volume entre o início do ano e o fim da quadra chuvosa.
Atualmente, o Castanhão está com cerca de 22% - começou o ano com apenas 8%
- e o Orós acumula o total de 46%, frente aos 22% registrados no início do ano.
No geral, os 157 açudes monitorados pela Companhia de Gestão dos Recursos
Hídricos (Cogerh) é de 33,7%. Em
janeiro, este volume era de apenas 20%.
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