Acusados de envolvimento na morte de Genivaldo
Santos
Os três policiais rodoviários federais acusados de
envolvimento na morte de Genivaldo Santos, 38 anos, durante uma abordagem em
maio deste ano, foram presos nesta sexta-feira (14) após se apresentarem
voluntariamente à Polícia Federal (PF). Os agentes estão presos,
preventivamente, no Presídio Militar de Sergipe, em Aracaju.
A prisão ocorreu após a Justiça Federal acatar a denúncia do Ministério Público
Federal (MPF) contra os policiais pelos crimes de abuso de autoridade, tortura
e homicídio qualificado.
Genivaldo morreu no município de Umbaúba, cidade do Sul sergipano, após ser
abordado por policiais rodoviários federais por estar pilotando uma moto sem
capacete.
Durante a ação policial, ele foi trancado no porta-malas de uma viatura da PRF
e submetido à inalação de gás lacrimogêneo. A certidão de óbito apontou asfixia
e insuficiência respiratória como causa da morte.
William de Barros Noia, Kleber
Nascimento Freitas e Paulo Rodolpho Lima Nascimento foram indiciados pela
PF por homicídio qualificado e abuso de autoridade.
Perícia sobre o caso
- Genivaldo morreu após ficar 11 minutos e 27 segundos exposto a gases tóxicos
e impedido de sair da viatura da PRF, segundo perícia feita pela PF.
Esquizofrenia - Genivaldo sofria de esquizofrenia,
fazia tratamento há pelo menos 18 anos e tomava antipsicóticos. O laudo
toxicológico apontou a presença do remédio no sangue dele. Não havia sinais de
bebida alcoólica e nem de drogas.
Multa após a morte
- A família informou que três meses após a morte de Genivaldo, recebeu uma
correspondência da Polícia Rodoviária Federal.
No documento, consta que ele foi multado por estar sem capacete no dia de sua
morte, sem habilitação e de sandálias. Genivaldo recebeu quatro multas da PRF,
no valor total de R$ 1.800.
Sobre o assunto, a PRF informou que um processo foi instaurado para suspender
as multas.
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