Segundo o diretor, os vídeos foram tirados de contexto e que os itens retirados não iriam fazer falta na merenda dos estudantes - Ele foi preso em flagrante sob suspeita de roubar carne da merenda escolar
O diretor de escola
pública suspeito de roubar carne da merenda escolar em Quixeramobim, no
interior do Ceará, negou as acusações nesta quinta-feira (3) por meio de um
vídeo divulgado em suas redes sociais. Segundo
ele, o material retirado da escola seria uma forma de pagar um pedreiro por um
serviço de reparo feito no banheiro dos professores da unidade escolar.
No vídeo de esclarecimento, o diretor diz que alguém usou de má fé ao publicar
os vídeos do sistema de câmeras e que ele mesmo havia comprado o equipamento
para ser instalado justamente com o objetivo de evitar furtos e roubos na
escola.
O diretor mostrou um documento que, segundo ele, é o decreto do juiz o
liberando do crime de peculato-furto e reiterou que em dez anos na escola nunca
foi acusado de coisas desse tipo.
"A escola não pode ser maculada por conta de uma questão tão ínfima dessa.
Quem conhece minha índole sabe que jamais eu seria capaz disso e de me sujar
por conta disso. A intenção sempre foi essa, de ajudar no pagamento do
pedreiro. Estou tranquilo, a justiça vai ser feita, bola pra frente".
Diretor vai responder em liberdade - A Polícia Civil informou que prendeu em flagrante, na última quarta-feira
(2), pelo crime de peculato-furto, um homem de 44 anos, suspeito de furtar
merenda escolar da instituição do qual ele é diretor. Ainda de acordo com a
polícia, o diretor não reagiu à prisão e foi conduzido à unidade policial.
O diretor foi solto nesta quinta-feira (3), um dia após ser detido, e
responderá em liberdade pelos crimes de fruto e peculato (quando a pessoa se
beneficia de um cargo público para cometer crime).
Em acordo pela soltura, o diretor da escola concordou que não entraria na
unidade escolar e nem pode falar com funcionários. Ele também foi afastado do cargo.
A Secretaria da Educação (Seduc) disse que, por meio da Coordenadoria
Regional de Desenvolvimento da Educação (Crede) 12, acompanha a ocorrência e
vai adotar as providências necessárias, incluindo processo legal para
afastamento do profissional.
O delegado Rodrigo Silva, de Quixadá (município vizinho), que conduziu a
investigação, informou que o diretor usava o carro particular para levar os
produtos. O trabalho investigativo iniciou há cerca de quatro meses após uma
denúncia anônima. O delegado também disse que o homem é diretor da escola há,
pelo menos, nove anos.
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