A decisão foi proferida na última segunda-feira e atendeu a
um pedido do órgão ministerial
O colegiado de juízes
da Vara de Delitos de Organizações Criminosas do Tribunal de Justiça do Ceará
(TJCE) decidiu relaxar a prisão de Francisca
Valeska Pereira Monteiro, a 'Majestade'. A decisão foi tomada porque na
denúncia deste processo específico, ofertada pelo Ministério Público do Ceará
(MPCE), não aparece o nome da mulher, conhecida como braço financeiro de uma
facção carioca.
A decisão foi proferida na última segunda-feira (7) e atendeu a um pedido do
órgão ministerial. Apesar do relaxamento e do alvará de soltura já ter sido
expedido, 'Majestade' não será
colocada em liberdade, porque constam contra ela outros motivos que indicam a
necessidade da manutenção da prisão.
O MP ainda destacou que Francisca Valeska foi denunciada em outras ações penais
pelo crime de organização criminosa. Foi presa em agosto de 2021, em Gramado,
Rio Grande do Sul, sob suspeita de ser responsável pelo controle financeiro e
pela distribuição de territórios para a venda de entorpecentes ilegais da
facção criminosa.
DENÚNCIA SEM O NOME DA MAJESTADE - A denúncia ofertada pelo Ministério Público, na qual não consta o nome de Majestade, é fruto de uma investigação da Delegacia de Combate às Ações Criminosas Organizadas (Draco). Apesar do nome da mulher constar na investigação, o órgão acusou apenas Abimael Mendes de Sousa e Euder de Sousa Bonethe.
VIDA DE LUXO - Francisca Valeska Pereira Monteiro
ostentava uma vida de luxo nas redes sociais. 'Majestade' passou a administrar
o 'Quadro da Biqueira' da facção (termo utilizado para se referir à lista de
pontos de venda de drogas) em junho de 2021, através do aplicativo WhatsApp. Em
alguns dias, ela recebeu, em seu aparelho celular, mais de 1,7 mil cadastros,
com informações sobre o responsável pelo ponto, vendedores, endereço e contato.
A prisão da mulher contribuiu para a Polícia mapear criminosos ligados a
ela. Em novembro de 2021, a PC deflagrou uma operação de combate e capturou
aproximadamente 200 pessoas.
Os passos de Majestade eram acompanhados pela PC-CE desde 2020, quando os
investigadores verificaram a ligação dela com o crime organizado. Nesse
período, ela era monitorada por tornozeleira eletrônica, mas rompeu o
equipamento duas vezes.
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