Apesar de a justiça ter permitido a interrupção da gravidez,
o procedimento não foi realizado porque os pais não estão em concordância
A menina de 11 anos que
teve o direito ao aborto negado durante a primeira gestação, fruto de violência
sexual, ficou grávida novamente após ser estuprada na zona rural de Teresina,
Piauí. No entanto, apesar de decisão judicial liberar o procedimento médico
desde o dia 1º de novembro, o caso ainda está parado porque os pais não
entraram em concordância.
O pai é favorável, mas a mãe não quer autorizar o aborto. Para a interrupção da
gravidez, é necessário que os dois pais assinem a permissão do procedimento.
Ao descobrir a segunda gestação, a garota revelou desejar interromper a
gravidez atual e que sonha em retornar à escola. Desde 2021, depois dar à luz
ao primeiro filho, ela parou de frequentar as aulas, se nega a ter tratamento
psicológico e vive em
ABORTO PERMITIDO EM CASOS DE ESTUPRO - A lei brasileira diz que o aborto é permitido em casos de estupro, quando
a gravidez representa risco de morte para a gestante e, conforme uma decisão da
Justiça, em casos de feto anencéfalo — bebê com cérebro subdesenvolvido e
crânio incompleto.
A menina tinha 10 anos quando engravidou após ser violentada por um primo
de 25 anos em um matagal, em janeiro de 2021. Ela deu seguimento a gestação e
teve a criança em setembro do mesmo ano.
Na época, a mãe dela, uma dona de casa de 29 anos, não autorizou o aborto
da filha e disse que o médico afirmara que a garota apontara risco de morte no
procedimento. Em setembro deste ano, a
mãe disse novamente que é contra ao procedimento, pois acredita que aborto é
crime. Ela afirmou que pode criar o segundo neto.
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