Quatro membros de uma facção criminosa mataram a tiros o
soldado da Polícia Militar do Ceará (PMCE) Heverton Gonçalves da Silva, de 27
anos – e ainda roubaram os pertences da
vítima – no Pirambu, em Fortaleza, em setembro deste ano, após o militar
discutir com um morador da região, segundo a denúncia do Ministério Público do
Ceará (MPCE). O agente estava afastado
da Corporação para tratamento psicológico.
A denúncia foi recebida pela 5ª Vara do Júri de Fortaleza, no último dia 8
de novembro. Com isso, Francisco
Teixeira Parente, o ‘Mongol’, Francisco Thiago de Souza Freire, o ‘Thiago
Bostinha’, José David do Nascimento Oliveira, o ‘D’, e Lucas Henrique dos
Santos Rodrigues viraram réus pelos crimes de homicídio qualificado, roubo e
organização criminosa e tiveram a prisão preventiva decretada.
De acordo com o Ministério Público, os quatro acusados – integrantes de uma
facção de origem carioca que atua no Ceará – “estavam de ‘plantão’ próximo do
local de onde ocorreu o crime, vendendo drogas e montando guarda contra
possíveis inimigos de facções rivais”, quando ouviram barulhos que vinham de
uma casa, no Pirambu, na noite de 6 de setembro deste ano.
O soldado PM Heverton da Silva teria ido à residência para tirar satisfação
com o morador sobre um suposto assalto que ele teria cometido contra o militar.
‘Thiago Bostinha’ e ‘Luquinha’ se aproximaram do imóvel e questionaram ao
policial o que estava acontecendo, e houve nova discussão. A dupla saiu do local.
Cerca de dez minutos depois, os dois acusados voltaram ao local, junto dos
comparsas ‘Mongol’ e ‘D’ e efetuaram dez disparos contra Heverton, que morreu
no local. A maioria dos disparos atingiu a cabeça da vítima.
A morte foi comemorada com fogos de artifício e com um vídeo que mostrava o
cadáver, compartilhado nas redes sociais. Ainda conforme a denúncia, a
vítima teria se identificado como policial militar, mas os criminosos não
teriam acreditado, pois pensavam que ela era integrante de uma facção rival.
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