Reservatórios em Cedro e Várzea Alegre romperam no início
deste ano, deixando dezenas de famílias desabrigadas e desalojadas
Duas barragens no
Interior cearense que foram rompidas no início deste ano devido a força das
chuvas passaram por obras de manutenção nesta reta final de 2022. O objetivo é
evitar que estes reservatórios voltem a causar transtornos ao longo da quadra
chuvosa (fevereiro-maio), período em que as precipitações se intensificam no
Ceará.
Em março deste ano, moradores da localidade do Distrito de São Miguel, na zona
rural de Cedro, tiveram de deixar suas casas diante do rompimento do açude
Ubaldinho. Foram cerca de 50 famílias diretamente afetadas. Para que cenas como
aquelas não se repitam, a Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos (Cogerh)
realizou obras de drenagem no sangradouro e nas comportas.
AÇUDES NÃO MONITORADOS - Diferentemente do açude
de Cedro, que é monitorado pela Cogerh, os açudes que romperam na zona rural de
Várzea Alegre não possuem o mesmo monitoramento. São reservatórios de pequeno e
médio porte construídos em propriedades privadas e, muitas vezes “alheios ao
conhecimento do poder público”.
A missão, nesse caso, é mais complexa. A gestão tem de identificar esses
locais e orientar os proprietários quanto a realização de serviços preventivos
e de manutenção.
Neste ano muitos açudes
pequenos romperam e isso trouxe vários transtornos.
A Cogerh orienta os proprietários a construírem novos sangradouros – quando o
antigo estiver ultrapassado – a realização limpeza e manutenção dos
sangradouros existentes e ainda a manutenção da mata ciliar e manutenção das
paredes dos açudes.
A região de Canidezinho foi a mais afetadas neste ano. Cerca de 40 famílias
ficaram desabrigadas ou desalojadas no primeiro semestre do ano. A cidade de
Várzea Alegre recebeu um grande volume de chuva. Conforme dados da Funceme,
foram contabilizados 1.888 milímetros de chuva.
RESERVATÓRIOS CEARENSESM - Os bons volumes pluviométricos registrados ao longo deste ano de 2022 no
Ceará viabilizaram um bom aporte hídrico aos açudes do Estado. A Cogerh monitora
157 reservatórios, dentre os quais a maioria conquistou recarga.
Diante de tanta água aportada, pelo menos 40 açudes sangraram. Ainda assim,
não houve rompimento de nenhum açude de grande porte monitorado pela Cogerh. Atualmente
nenhum dos 157 reservatórios apresentam qualquer risco de rompimento. "As estruturas estão fiscalizadas".
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