segunda-feira, 30 de janeiro de 2023

Fuga de prisão no RJ - Inspetores alegam câmeras desligadas

Secretaria citou depoimento de agentes da Penitenciária Lemos Brito - Segundo eles, ‘uma forte chuva à noite causou uma queda no fornecimento de energia’ e ‘pode ter afetado o sistema de monitoramento da unidade’

Teresa (escada feita de cordas) usada para a fuga de três traficantes da Penitenciária Lemos Brito

Inspetores que estavam de plantão na Penitenciária Lemos Brito na madrugada do último domingo (29) disseram em depoimento que as câmeras da unidade estavam desligadas na hora da fuga de três traficantes — entre eles, um dos mais perigosos do estado.
“No momento da fuga, ocorrida por volta das 3h, sete inspetores da Polícia Penal estavam de plantão na Lemos Brito”, informou a Secretaria Estadual de Administração Penitenciária (Seap).
A pasta afirma que, segundo relatos dos plantonistas, “uma forte chuva à noite causou uma queda no fornecimento de energia — restabelecido posteriormente por meio de gerador —, o que, segundo eles, pode ter afetado o sistema de monitoramento da unidade, que não registrou o momento da fuga”.
“A Seap salienta, no entanto, que tudo isso ainda está sendo investigado pela Polícia Judiciária e que a Corregedoria segue apurando as condutas dos servidores, não sendo possível descartar as hipóteses de negligência ou facilitação de fuga”.

Escaparam do complexo penitenciário de Gericinó

- Jean Carlos Nascimento dos Santos, o Jean do 18 > Chefiou o tráfico do Morro do Dezoito, em Água Santa. Segundo a polícia, em 2013, ele comandou a invasão ao Fórum de Bangu e, em 2016, mandou matar o próprio advogado. O criminoso estava preso desde 2017.

- Marcelo de Almeida Farias Sterque, o Marcelinho da Merindiba > Saiu em 26 de novembro de 2015 para tentar matar uma mulher, de 31 anos, e voltou para a cela.

- Lucas Apostólico da Conceição, o Índio do Jardim Novo > Ele tem oito anotações criminais, por roubo e associação criminosa.

Como foi a fuga - Jean, Marcelinho e Índio conseguiram fugir com a ajuda de uma corda feita com lençóis (teresa) jogada ao lado da base do Serviço de Operações Especiais, nos fundos do complexo de presídios. Atrás fica um lixão.
Nada disso foi captado pelas câmeras da Lemos Brito porque, segundo os agentes, a luz caiu por causa da chuva.

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