sexta-feira, 10 de março de 2023

Papa Francisco completa 10 anos à frente da Igreja Católica

Assim que foi eleito papa, em 13 de março de 2013, o cardeal argentino Jorge Bergoglio mostrou seu desejo de ruptura, ao aparecer na varanda da basílica de São Pedro sem nenhum ornamento litúrgico

Nesta foto de arquivo tirada em 31 de março de 2013, o Papa Francisco celebra a missa de Páscoa em 31 de março de 2013 no Vaticano

O papa Francisco vai completar na próxima segunda-feira, 13, uma década de pontificado, período marcado por sua popularidade entre os fiéis e pela resistência feroz dentro da Igreja Católico a seu projeto de reformas, mesmo que estas não questionem os pilares doutrinários.
Assim que foi eleito papa, em 13 de março de 2013, o cardeal argentino Jorge Bergoglio mostrou seu desejo de ruptura, ao aparecer na varanda da basílica de São Pedro sem nenhum ornamento litúrgico.
O jesuíta sorridente e de linguajar franco representava um contraste com tímido Bento XVI, que havia renunciado ao cargo.
E provavelmente já tinha em mente seu programa: a reforma da Cúria (o governo da Santa Sé), corroída pela inércia, e o saneamento das duvidosas finanças do Vaticano.
O ex-arcebispo de Buenos Aires, que nunca fez carreira nos corredores de Roma, queria "pastores com cheiro de ovelha" para devolver o dinamismo a uma Igreja cada vez menos presente e superada em muitas regiões pela vitalidade dos cultos evangélicos.
As pregações deste crítico do neoliberalismo destacaram reivindicações por maior justiça social, proteção da natureza e defesa dos migrantes que fogem das guerras e da miséria.

Papa Francisco é o primeiro papa latino-americano da História - Francisco levou novos ares a Roma: optou por viver em um apartamento sóbrio, rejeitando o suntuoso Palácio Apostólico, e frequentemente convidava à sua mesa moradores em situação de rua ou presidiários. Um estilo que também rendeu críticas de setores que veem nele uma dessacralização de suas funções.
O primeiro papa latino-americano da História continua mobilizando os fiéis no exterior, mas também há quem o critique por um exercício extremamente pessoal de sua autoridade sobre 1,3 bilhão de católicos.

A Igreja questiona agora quem será o sucessor de Francisco - "As verdadeiras manobras para o conclave já começaram. Não são ações sobre nomes, e sim sobre a plataforma ideológica do futuro pontificado".
Francisco deu a entender em alguns momentos que poderia renunciar ao cargo.
Mas no momento ele segue alterando o colégio cardinalício e já designou 65% dos nomes que definirão o próximo papa.
E prepara vários eventos importantes, como uma reunião de bispos no fim do ano para discutir o futuro da Igreja.

Nenhum comentário:

Postar um comentário