Um dos policiais teria assassinado a vítima a tiros após
discussão no trânsito
Cabe recurso a partir das decisões publicadas no Diário
Oficial do Estado
Dois policiais civis do Ceará receberam sanção administrativa
máxima. Na última terça-feira (11), a
Controladoria Geral de Disciplina dos Órgãos de Segurança Pública (CGD) informou sobre a demissão de Luiz Gonzaga
Oliveira Filho e João Paulo de Carvalho Barbosa.
João Paulo é acusado de matar uma pessoa devido a uma discussão no trânsito, em
Fortaleza. Já Luiz Gonzaga foi denunciado pelos crimes de moeda falsa e
adulteração de sinal identificador de veículo automotor. Cabe recurso a partir
das decisões publicadas no Diário Oficial do Estado (DOE).
HOMICÍDIO - A CGD apurava a
responsabilidade funcional do servidor Luiz Gonzaga, investigador da Polícia
Civil do Ceará, acusado por matar Edlano Augusto Barbosa. O crime aconteceu no
dia 26 de março de 2000, no entorno do Estádio Castelão.
Ele teria matado Edlano Augusto Barbosa, em decorrência de discussão havida
como consequência de uma colisão entre os seus veículos
FALSA ABORDAGEM POLICIAL
Já o agente João Paulo
de Carvalho Barbosa estaria envolvido em crimes ocorridos no dia 25 de abril de
2017. Consta no processo administrativo que uma viatura da PMCE foi acionada
por populares para atender uma ocorrência de roubo em um supermercado.
Quando os policiais militares chegaram ao local presenciaram a fuga de um
veículo de cor preta. Aconteceu a perseguição e foram abordados os ocupantes do
automóvel.

A placa do veículo teria sido adulterada
Dentro do automóvel foi
encontrado o escrivão João Paulo, outros ocupantes e um homem algemado que
disse ter sido espancado e vítima de
ameaças de morte.
A vítima teria descido gritando dizendo que os demais ocupantes do carro,
incluindo João Paulo, desceu correndo e gritando que "queriam
matá-lo". Os PMs passaram a suspeitar que o caso se tratava de um crime e
não de uma abordagem policial.
Em 2021, o Ministério Público do Ceará (MPCE) denunciou o policial civil e
demais suspeitos pelo fato ocorrido em 2017. No dia seguinte, a Justiça acolheu
a denúncia, tornando os acusados, réus.
Agora, a CGD destaca que "os argumentos da defesa não foram suficientes
para desconstituir as provas que consubstanciam as infrações administrativas em
desfavor do acusado, posto que em nenhum momento o referido policial civil
apresentou justificativa plausível para contestar as graves imputações as quais
lhe foram atribuídas".
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