Vítima conseguiu gravar a própria agressão e apresentou as imagens a polícia
Médico cearense Gerislanio Galdino do Nascimento foi preso na
Paraíba em cumprimento a um mandado por uma agressão contra uma ex-namorada em
2020, em São Paulo
Um médico cearense foi preso nesta
quarta-feira (26) em Cajazeiras, na Paraíba, em cumprimento a um mandado do
Tribunal de Justiça de São Paulo por violência doméstica contra uma
ex-namorada. O crime ocorreu em 2020, na cidade de Mogi das Cruzes.
Conforme o processo, em 25 de março de 2020, o ortopedista Gerislanio Galdino do Nascimento agrediu a namorada no apartamento
que morava na cidade paulista. Na ocasião, a vítima teve lesões que ficaram
comprovadas no laudo de exame de corpo de delito. O casal se relacionava há cerca de quatro meses.
O advogado do médico classificou a prisão como "ilegal".
"Gerislânio inclusive já foi liberado e a defesa está tomando as medidas
judiciais cabíveis".
Agressões em apartamento - A vítima relatou em depoimento que, no dia do ocorrido, ao chegar ao
condomínio do acusado, ele a pegou pelo pulso, a jogou para fora do veículo, e
mandou ela permanecer no apartamento dele, enquanto ele sairia para resolver
pendências.
Segundo a mulher, o ortopedista retornou ao anoitecer, a impediu de ir
embora do imóvel e de atender os telefonemas da mãe e do irmão dela, que
ligaram várias vezes. Nesse período, a mulher colocou o telefone para gravar,
sem o homem perceber, e conseguiu registrar a própria agressão.
As imagens apresentadas pela vítima a polícia mostram o médico chutando,
dando socos e puxando o cabelo da ex. Ela afirmou ainda que o homem foi até a
cozinha e munido com uma faca apontou para a barriga dela ameaçando de morte e
chutando-a de novo.
Ainda de acordo com a mulher, momentos após as agressões Gerislanio passou
a pedir desculpas, que ela fingiu aceitar e aproveitou um momento para pular a
grade da sacada do apartamento, que ficava no térreo, e fugiu do local.
Em audiência, o ortopedista negou as agressões a ex-namorada e alegou que o
motivo de revolta da vítima era "por
não querer oficializar o relacionamento com ela".
O ortopedista foi condenado por violência doméstica. Durante o andamento do
processo ele se mudou para o município paraibano, onde o mandado de prisão foi
cumprido.
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