quinta-feira, 25 de maio de 2023

Condenado por execuções Iraniano Farhad Marvizi, acusado de chefiar grupo de extermínio, retorna a presídio do Ceará

Ele estava custodiado há 11 anos no Presídio Federal de Campo Grande, no Mato Grosso do Sul

Iraniano Farhad Marvizi, condenado a 20 anos de prisão por homicídios no Ceará, responde a novo julgamento

O iraniano Farhad Marvizi, o "Tony", acusado de chefiar um grupo de extermínio formado por policiais militares, ex-agentes de segurança e civis, condenado por execuções em Fortaleza, retornou para o Sistema Penitenciário cearense na última terça-feira (23). Farhad Marvizi estava custodiado há 11 anos no Presídio Federal de Campo Grande, no Mato Grosso do Sul.

Condenações - O iraniano tem condenações no Ceará com penas que somam mais de 30 anos de prisão. A mais recente é de abril de 2022, quando ele foi sentenciado a 17 anos de prisão pelo assassinato de um administrador na capital cearense.
O crime ocorreu em 2010. A vítima, que administrava as lojas American Celular e Tagarela, foi assassinada a tiros no Bairro Aldeota, após ter seu veículo interceptado por dois indivíduos em uma motocicleta.
Conforme o Ministério Público do Ceará (MPCE), o Conselho de Sentença da 2ª Vara do Júri da Comarca de Fortaleza considerou para a sentença "a prática do crime de homicídio consumado e qualificado por meio torpe e com recurso que dificultou a defesa do ofendido".

Outra morte - Em 2012, Farhad foi condenado a 20 anos de prisão por tentativa de homicídio contra o auditor da Receita Federal José de Jesus Ferreira, ocorrida no dia 9 de dezembro de 2008, em Fortaleza.
À época da condenação, o iraniano já cumpria pena na Penitenciária Federal de Segurança Máxima em Mossoró (RN) pelos crimes de evasão de divisas e lavagem de dinheiro no Ceará.
Para a Justiça, o crime contra o auditor fiscal que tem Farhad como autor intelectual, teve o mesmo modo de ataque que a tentativa de homicídio contra o administrador, dois anos depois.
De acordo com o Ministério Público, Farhad trazia eletrônicos de forma ilegal, que vendia em sua loja a preços muito inferiores do que os praticados pelos concorrentes que compravam os produtos legalmente, com nota fiscal.
O administrador teria passado a informar o auditor acerca da ilegalidade das mercadorias do iraniano, como apresentado em relatório elaborado pela Polícia Federal.
Por sua vez, o auditor passou a fiscalizar a loja de Farhad Marvizi, realizando diversas apreensões de mercadorias. Isso foi o bastante para que Farhad lhe decretasse a sentença de morte, fato que apenas não se consumou por circunstâncias alheias à vontade dos agentes.
O grupo criminoso capitaneado por Farhad Marvizi também executou, no dia 2 de agosto de 2010, o casal C.J.M.M. e M.E.M., como queima de arquivo, pois vinham colaborando com as investigações desenvolvidas pela Polícia Federal.

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