quinta-feira, 4 de maio de 2023

Traficante preso no cariri chegou a movimentar R$ 1 milhão por mês e morava numa mansão

Em Juazeiro, “Padrinho” ostentava bastante ao promover festas pomposas na sua mansão avaliada em R$ 2,5 milhões

“Padrinho” levava uma vida com ostentação em Juazeiro

Os quatro homens e uma mulher presos nesta quinta-feira, na região do Cariri, estavam para ser recambiados numa aeronave da Polícia Civil do Distrito Federal. Cícero da Silva Oliveira, de 44, o “Padrinho”, e sua namorada Maria Paula Oliveira de Freitas, de 32 anos, foram presos numa casa de alto luxo num condomínio entre Juazeiro e Barbalha, enquanto Gilvan da Pena Pereira, de 37, estava noutro imóvel de luxo no bairro Limoeiro.
Outros dois comparsas de “Padrinho” foram presos em Araripe: Francisco Neiron Mendes de Sousa, de 32, e Felipe Oliveira da Silva, de 31 anos. A operação simultânea foi deflagrada pela Polícia Civil do Distrito Federal para cumprir 80 mandados de busca e apreensão e 14 de prisão no Distrito Federal, Ceará, Goiás, São Paulo, Rio de Janeiro, Tocantins, Mato Grosso do Sul e Minas Gerais. A ação teve ainda o bloqueio de contas bancárias com sequestro de valores, cinco imóveis e 20 veículos de luxo.
Trata-se do resultado de investigação para apurar crimes de tráfico de drogas, lavagem de dinheiro e organização criminosa. Os agentes concluíram que a organização criminosa é altamente hierarquizada e capitalizada, com atuação comprovada em diversos estados.  Os policiais descobriram que o grupo criminoso está envolvido no transporte de vultuosas quantidades de cocaína da região de fronteira até o Distrito Federal.
O principal investigado é “Padrinho” o qual tinha sido preso há 10 anos em Brasília quando ainda era um traficante mediano e atuava como batedor de carregamentos de drogas. Na época, foi flagrado com mais de mil comprimidos de “ecstasy” e condenado com outros quatro criminosos por tráfico interestadual de drogas e associação para o tráfico. Eles atuavam na compra, venda, transporte, armazenagem e distribuição de drogas entre vários estados, principalmente cocaína e drogas sintéticas.
O fato é que o traficante mediano evoluiu e tornou-se líder de facção criminosa e um homem milionário. Em Juazeiro, “Padrinho” ostentava bastante ao promover festas pomposas na sua mansão avaliada em R$ 2,5 milhões. Além disso, com muito dinheiro em casa, veículos possantes e joias com tudo avaliado em R$ 10 milhões sem se falar na boa movimentação financeira. Segundo investigações da polícia, tal organização criminosa possui laços estreitos com uma facção paulista.
Levantamentos mostram terem recebido altos valores de contas correntes de “laranjas” identificadas como “contas caixas” da citada facção pela compra de cocaína. A organização liderada por “Padrinho” também recebeu dinheiro de inúmeros traficantes de drogas do Distrito Federal e outros estados. Além disso, transferências de direitos sobre veículos para várias pessoas envolvidas em crimes violentos e tráfico de drogas.

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