Última vez que o fenômeno impactou o tempo no Estado, choveu 40% a menos que o esperado
Quadra Chuvosa 2023 - Açude Banabuiú
A tendência de formação
do fenômeno El Niño já preocupa os meteorologistas da Fundação Cearense de
Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme). Com isso, o Ceará pode registrar
menos chuvas em 2024 e o alerta para boa alocação de recursos hídricos
continua, mesmo após uma quadra chuvosa com precipitações dentro da média e
bons aportes para os principais reservatórios.
O El Niño é caracterizado pelo aquecimento acima do normal das águas do oceano
Pacífico. Esse aumento de temperatura influencia na atmosfera, criando áreas
com ventos mais quentes e úmidos.
Segundo a Funceme, “Isso impede a formação de nuvens, porque o vapor quente e
úmido não consegue se elevar, se condensar com o resfriamento das temperaturas
das mais altas altitudes, e não consegue formar nuvens para eventualmente
precipitar”.
Os modelos de previsão usados pelos meteorologistas já apontam a probabilidade
de 85% do El Niño se formar e influenciar as chuvas da pós-estação, de junho a
agosto. Caso o aquecimento das águas oceânicas se mantenha até o fim de 2023, o
fenômeno poderá interferir negativamente na quadra chuvosa de 2024.
Histórico do El Niño no Ceará - A última vez que o fenômeno foi observado, no fim de 2015 e em 2016, o Ceará teve uma quadra chuvosa com 40% de chuva a menos do que o esperado para o período. A menor quantidade de precipitações impactou diretamente os açudes do Estado. A intensidade do fenômeno, no entanto, ainda é incerta.
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