Um ano e meio após o crime, os militares seguem recebendo pagamentos oriundos dos cofres do Estado
Dos três policiais, um é subtenente e dois soldados
Três policiais
militares investigados por participarem de um estupro coletivo em Fortaleza
podem ser presos a qualquer momento. Na última semana, a própria Polícia
Militar do Ceará (PMCE) representou pela prisão preventiva do trio, por meio do
Inquérito Policial Militar (IPM) e agora aguarda decisão judicial.
Os acusados: subtenente Raimundo
Flávio Barros, soldado Israel Pablo dos Santos e o soldado Carlos Henrique da
Rocha Rodrigues. As identidades dos agentes foram divulgadas em janeiro do ano
passado, à época do crime. Agora, o Inquérito Policial Militar (IPM) encontrou
indícios fortes do crime e pedir a prisão dos três.
Eles seguem afastados do policiamento ostensivo, e alocados em funções
administrativas, recebendo vencimentos oriundos dos cofres do Estado, por não
haver determinação oficial para suspensão dos pagamentos.
VEJA NOTA DA POLÍCIA - "A Polícia Militar
do Ceará (PMCE) informa que os policiais militares respondem processo administrativo
disciplinar pelo mesmo fato. Atualmente nenhum deles está apto ao serviço
operacional, podendo apenas concorrer a escalas administrativas. No tocante ao pedido de prisão preventiva a
mesma tem que seguir o rito de passagem e manifestação do Ministério Público
Militar para posteriormente ser analisada pelo juiz acerca de sua
concessão".
O crime sexual teve como vítima uma mulher que aguardava um motorista de
aplicativo e estaria sob efeito de álcool quando foi violentada. O ataque
aconteceu enquanto os agentes estavam de serviço e, na época.
RELATO DA VÍTIMA - Os PMs estavam de
serviço e teriam oferecido uma carona à vítima na viatura policial. Conforme
depoimento da testemunha, o crime aconteceu na madrugada de 23 de janeiro de
2022. A mulher se desencontrou de alguns amigos e teria ficado sozinha em uma
calçada de um bar no Conjunto Ceará.
Foi quando a viatura se aproximou e os militares começaram a conversar com
a vítima.
Eles teriam dito que poderiam oferecer a ela uma carona porque o destino
para onde ela iria estava na rota deles. Após saírem do local, a viatura parou
em uma estrada carroçável e os policiais teriam pedido para a vítima descer.
Segundo depoimento da mulher, ela não recorda com exatidão o que aconteceu
depois, mas lembra que um dos policiais apertou seu seio e ela ficou sem o
short. A vítima teria sido estuprada primeiro pelo motorista da viatura.
"Após o ato sexual deixarem-lhe na casa de uma amiga, onde tomou
banho, contou o ocorrido e se dirigiu a unidade policial para denunciar o
crime, tendo realizado exame de corpo de delito".
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