Prefeitura de Acarape criou carteira de porte de arma ilegal para o prefeito, Francisco Edilberto, e para os guardas municipais, mas o documento não tem validade, conforme a investigação
Polícia Federal investiga prefeitura no Ceará que concede
ilegalmente porte de arma
A Polícia Federal
cumpriu, na manhã desta quinta-feira (29), 22 mandados de busca e apreensão
contra um esquema criminoso
envolvendo o prefeito de Acarape, Francisco Edilberto, por conceder ilegalmente
posse e porte ilegais de arma de fogo. A polícia não informou quantos
documentos foram emitidos dessa forma.
Segundo a Polícia Federal, o prefeito
Francisco Edilberto emitia um documento autorizando ele mesmo e os guardas
municipais do município utilizarem armas de fogo. No Brasil, apenas a Polícia Federal pode conceder o uso legal de armas
de fogo.
Durante a operação, os policiais apreenderam documentos e materiais que
serão utilizados na investigação do caso.
A Operação Eikasia contou com 150 policiais federais. De acordo com a Polícia Federal, foram apurados indícios dos seguintes
crimes:
Crime de responsabilidade de prefeito
Falsidade ideológica
Usurpação de função pública por autorizar indevidamente porte
de arma de fogo
Em caso de condenação,
as penas pelos crimes citados podem somar até 30 anos de prisão.
Carteira ilegal de porte de arma - Segundo as investigações, a concessão ocorreu por meio de carteiras que
habilitam ilegalmente guardas municipais a portarem armas, além do porte e
posse ilegal de armas de fogo por servidores públicos municipais em Acarape.
Conforme a Polícia
Federal, o nome da operação remete ao termo usado pelo filósofo Platão para se
referir à "relação dos homens com
as aparências, simulacros da realidade".
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